O custo dos principais fenômenos extremos provocados pela mudança climática nos Estados Unidos já representa quase 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo um estudo da resseguradora Swiss Re.

De acordo com o documento, publicado nesta quarta-feira (28), com base em dados de 2022, a mudança climática pode reduzir o PIB mundial entre 7 e 10% até 2050.

Filipinas é o país que sofre os maiores impactos dos desastres naturais, com um prejuízo econômico equivalente a 3% de seu PIB.

“A mudança climática está provocando eventos climáticos mais severos, o que se traduz em um impacto crescente nas economias”, diz o economista-chefe da Swiss Re, Jérôme Jean Haegel, citado no comunicado de imprensa que acompanha o estudo.

O documento elabora um inventário dos desdobramentos dos desastres naturais mais frequentes no PIB com base em uma amostra de 36 países.

Os economistas do grupo levaram em consideração os quatro tipos de incidentes climáticos mais frequentes e custosos: inundações, tempestades de inverno, ciclones tropicais e tempestades severas de tipo convectivo (elétricas).

Entre os países mais afetados, as Filipinas são seguidas pelos Estados Unidos, Tailândia (impacto de 0,36% do PIB), Áustria (0,25%) e China (0,22%).

Os economistas da resseguradora alertam que estes números são uma visão geral das implicações econômicas, sem abarcar todos os riscos, que são “difíceis de prever”.

A nível mundial, os quatro tipos de riscos avaliados representam aproximadamente US$ 200 bilhões (R$ 995 bilhões na cotação atual) em perdas econômicas anualmente.

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