A gestão de José Carlos Peres sofreu nova derrota política. Nesta segunda-feira, os membros do Conselho Deliberativo do Santos voltaram a rejeitara as contas do clube em 2019, o segundo dos três anos de mandato do dirigente, em reunião realizada de modo virtual em função da pandemia do coronavírus.

O balanço financeiro do Santos já havia sido rejeitada pelos conselheiros em encontro realizado em junho. Diante da reprovação inicial, Peres teve o direito de apresentar a sua defesa. Porém, ela foi rejeitada, com o Conselho Deliberativo seguindo a recomendação do Conselho Fiscal.

O caso das contas do segundo ano do mandato agora segue para a Comissão de Inquérito e Sindicância do Santos, que vai avaliar se houve gestão temerária de Peres. Caso seja essa a avaliação, pode sugerir diferentes punições, que vão de advertência até exclusão do quadro associativo, passando pela possibilidade de impeachment, que precisaria ser aprovada pelos conselheiros e sócios.

A gestão atual de Peres vai até o fim de 2020, e a perda do mandato precisaria cumprir um ritual que é longo. Em 2018, o dirigente enfrentou um processo de impeachment, que foi rejeitado em setembro daquele ano pelos sócios.

As contas de Peres de 2018 já haviam sido rejeitadas, com déficit de R$ 77 milhões. No ano passado, o Santos teve resultado positivo de R$ 23,5 milhões no seu balanço, provocado especialmente pela venda de Rodrygo ao Real Madrid. Nem por isso, no entanto, o Conselho Fiscal aprovou o relatório financeiro, apontando irregularidades nas contas do clube, como o uso do cartão corporativo para fins pessoais e o pagamento de intermediação da venda de Bruno Henrique

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