O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador entregou, nesta quinta-feira (15), a credencial de presidente até o ano de 2029 ao reeleito Daniel Noboa, em um ato no qual rejeitou a denúncia da oposição sobre fraude eleitoral.
Noboa obteve 55,63% dos votos no segundo turno de abril contra Luisa González, candidata do ex-governante socialista Rafael Correa (2007-2017) e que alegou fraude, embora observadores da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos tenham descartado isso.
“A transparência foi reconhecida por aqueles que observaram o processo eleitoral com um olhar neutro e com vocação democrática”, disse a titular do CNE, Diana Atamaint, na cerimônia em Quito na qual Noboa e sua companheira de chapa como vice-presidente, María José Pinto, receberam suas credenciais.
“Hoje, a vontade popular se converte em mandato”, acrescentou.
Noboa será empossado em 24 de maio pelo novo Congresso, controlado por governistas e onde legislará a mãe do presidente, Annabella Azín, como a deputada mais votada.
“Hoje renasce a esperança” para alcançar “um país mais seguro”, declarou Noboa.
O governante, um empresário de 37 anos, clamou pela unidade em meio à guerra que mantém contra o crime organizado, que transformou o Equador em um dos países mais violentos da América Latina, com um assassinato a cada hora.
“Devemos nos unir por este país que amamos (…) Aqueles que quiserem destruir nossa pátria, nossa liberdade, nossa democracia, terão uma resposta contundente e bateremos a porta na cara”, acrescentou.
Noboa, no poder desde novembro de 2023, afirmou que se concentrará em melhorar o crescimento econômico, atrair investimentos e “derrotar o terrorismo”.
A chanceler equatoriana, Gabriela Sommerfeld, indicou nesta quinta que representantes de “alto nível” de várias nações estarão na posse de Noboa.
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