Por Deisy Buitrago

CARACAS (Reuters) – O conselho eleitoral da Venezuela disse nesta quinta-feira que os opositores do presidente Nicolás Maduro não coletaram assinaturas suficientes para que uma votação revogatória contra ele pudesse prosseguir.

O conselho deu aos incentivadores da votação 12 horas na quarta-feira para coletar um mínimo de 4,2 milhões de assinaturas, apesar do protesto de representantes da oposição que disseram que não era viável e dos esforços para que a decisão fosse revisada pelo principal tribunal do país.

O conselho de cinco membros inclui três pessoas ligadas ao partido governante e duas com vínculos com a oposição, que também expressaram descontentamento pelo limite de 12 horas.

“Nenhum Estado atingiu os 20% exigidos e estabelecidos por ordem judicial”, disse a reitora do conselho, Tania D’Amelio, em comunicado. “O conselho eleitoral nacional declara improcedente o pedido de referendo revogatório contra o presidente.”

O esforço conseguiu 42.421 assinaturas, disse D’Amelio, representando 1,01% dos 21 milhões de eleitores registrados na Venezuela.

A Constituição da Venezuela permite que autoridades que tenham completado pelo menos metade de seu mandato sejam destituídos do cargo por meio de votação. Maduro completou os três primeiros anos de seu segundo mandato –que a oposição considera ilegítimo– no início deste mês.

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