13/06/2018 - 20:36
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) manteve o reajuste de 1,5% em reunião hoje (13) com o Fórum das Seis – que reúne representantes das entidades de servidores, professores e estudantes das três universidades. Servidores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) estão em greve. Professores da USP e da Unesp também paralisaram as atividades. Eles pedem reajuste de 12,6% para repor perdas acumuladas desde 2014.
Novas assembleias serão realizadas nos próximos dias para avaliar a proposta reitoria e a continuidade do movimento. Além do reajuste, fazem parte da pauta de reivindicações mais verbas para a permanência estudantil,a defesa dos hospitais universitários, entre outros pontos.
Na reunião desta quarta-feira, as reitorias propuseram avaliar “eventuais excedentes financeiros, diante das despesas já comprometidas e que serão realizadas este ano com contratações, carreira, permanência e itens das pautas específicas, e analisar a possibilidade de concessão de novo reajuste salarial no segundo semestre”. O presidente da Associação de Docentes da USP (Adusp), Rodrigo Ricupero, avalia que a proposta “não tem concretude”. “Estão propondo manter arrocho em cima dos servidores”, disse.
O Cruesp informou que propôs também a realização de reuniões periódicas para o acompanhamento da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e para a reavaliação da situação orçamentário-financeira das Universidades ao longo do segundo semestre. A nota de entidade diz que reconhece “a importância da recomposição do poder de compra dos salários em face de defasagens vivenciadas nos três últimos anos”. Uma reunião com as equipes técnicas do conselho e do Fórum das Seis foi marcada para o dia 23 de julho.
Na manhã de hoje, os grevistas fizeram um bloqueio na entrada principal da USP, no campus Butantã. A manifestação interditou a Rua Alvarenga por volta das 9h, impedindo que veículos entrassem ou saíssem do Portão 1 da universidade. David Paraguai, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP, destacou que o objetivo era chamar atenção para a pauta de reivindicações. Em nota, o Cruesp “lamentou os atos de truculência e piquetes ocorridos nos últimos dias”.