O Conselho de Segurança das Nações Unidas celebrará uma reunião pública virtual sobre o conflito israelense-palestino no domingo às 14H00 GMT (11h de Brasília), informaram diplomatas nesta quinta-feira (13).

A reunião, originalmente programada para a sexta-feira, foi solicitada por Tunísia, Noruega e China.

Espera-se que participem dela o enviado da ONU para o Oriente Médio, o norueguês Tor Wennesland, assim como representantes de Israel e dos palestinos.

Os Estados Unidos, que tinham bloqueado uma sessão de urgência prevista para a sexta-feira e consideravam uma reunião para o começo da próxima semana, acordaram em antecipá-la para o domingo, segundo as mesmas fontes.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, havia dito antes à imprensa que era favorável à celebração de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU “no começo da próxima semana”.

“Espero que isso dê à diplomacia algum tempo para obter resultados e ver se conseguimos uma desescalada real”, disse Blinken, que na véspera enviou um emissário a Israel e aos Territórios Palestinos.

Na madrugada de sexta (noite de quinta no Brasil), tropas israelenses entraram na Faixa de Gaza como parte da operação militar em curso contra o movimento islamita palestino Hamas, segundo o exército israelense, que mobilizou tanques e blindados junto ao enclave palestino.

Desde a segunda-feira, os Estados Unidos aceitaram duas videoconferências de emergência a portas fechadas sobre o conflito entre israelenses e palestinos, mas rechaçaram duas declarações conjuntas nas quais pedia-se o cessar das hostilidades por considerá-las “contraproducentes” nesta fase, segundo os diplomatas.

A celebração de reuniões por videoconferência requer um consenso dos 15 membros do Conselho de Segurança.

A reunião da sexta-feira tinha sido solicitada por dez dos quinze membros do Conselho (Tunísia, Noruega, China, Irlanda, Estônia, França, Reino Unido, São Vicente e Granadinas, Níger e Vietnã).

Em suas posições desde o início do conflito, os Estados Unidos têm reafirmado o direito de Israel de se defender do lançamento de foguetes pelo movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, mas também pediram uma desescalada.

Washington instou seu aliado israelense a fazer “tudo o possível a evitar vítimas civis”.

A nova explosão de violência matou 83 palestinos, entre eles 17 crianças, na Faixa de Gaza desde a segunda-feira, e de sete pessoas, entre elas um menino e um soldado, em Israel.