O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu, nesta sexta-feira (8), um cessar-fogo no Sudão que coincida com o ramadã, o mês sagrado muçulmano, em um momento de piora das condições no país.

Proposta pelo Reino Unido, a resolução foi apoiada por 14 países na votação, que pedia a “todas as partes beligerantes para buscar uma resolução sustentável para o conflito por meio do diálogo”.

Apenas a Rússia se absteve.

O Sudão, o segundo país menos desenvolvido do mundo segundo a ONU, é sacudido por um conflito que eclodiu em abril de 2023 entre o exército e um grupo paramilitar e provocou um colapso humanitário.

Mais de metade dos 25 milhões de habitantes do país africano precisa de ajuda e proteção.

O conflito já deixou milhares de mortos, entre eles até 15.000 em uma única cidade, Darfur, segundo especialistas da ONU, e deslocou milhões desde abril passado.

No campo de deslocados de Zamzam, um dos maiores do país, com 300.000 a 500.000 acolhidos, uma criança morre a cada duas horas, alertou a organização Médicos sem Fronteiras me fevereiro.

A ONU disse que são necessários 2,7 bilhões de dólares (R$ 13,4 bilhões) este ano para auxiliar 14,7 milhões de pessoas necessitadas no país.

Além disso, sua agência para os refugiados Acnur pediu outros U$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7 bilhões) para ajudar quem deixou o país.

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