O Conselho de Segurança da ONU estendeu por unanimidade, nesta quinta-feira (19), as sanções contra um grupo de pessoas que fomentam a violência no Haiti, incluindo embargo de armas, congelamento de bens e proibição de viagens.

Essa nova resolução prorroga por um ano o texto aprovado em outubro de 2022 e que estabeleceu sanções contra pessoas que participam, ou apoiam, atividades criminosas e violência por parte das gangues armadas que controlam parte do país caribenho, mergulhado em uma profunda crise política, econômica e de segurança.

A resolução citava expressamente Jimmy Cherizier, o “Barbacoa”, um dos líderes mais influentes de grupos armados e chefe de uma aliança de gangues conhecida como “A Família e Aliados do G9”.

O embaixador do Equador, Hernán Pérez Loose, cujo país, junto com os Estados Unidos, patrocinou esta nova resolução, pediu “que se atualize a lista de indivíduos e identidades designadas” que são objeto de sanções internacionais.

A adoção desta nova medida se soma à decisão do Conselho de Segurança, no início de outubro, de enviar uma Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MMAS), com o objetivo declarado de ajudar o Haiti a restaurar a segurança e criar condições para a realização de eleições.

Aprovada com 13 votos a favor e abstenções de Rússia e China, a resolução também impõe um embargo de armas leves, até então aplicado apenas a líderes de gangues criminosas.

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