O Conselho de Segurança da ONU condenou com firmeza nesta quinta-feira o recente teste com um míssil realizado pela Coreia do Norte, o qual considerou uma “grave violação” de Pyongyang a suas obrigações sob as resoluções da ONU.
O Conselho adotou por unanimidade a declaração de condenação, em um momento em que o presidente da China, Xi Jinping, chegava à Flórida para sua primeira reunião com o contraparte americano, Donald Trump.
Membros do Conselho “expressaram sua extrema preocupação” com o “comportamento altamente desestabilizador e o flagrante e provocador desafio ao Conselho de Segurança” por parte da Coreia do Norte.
Pyongyang lançou na quarta-feira um míssil balístico no mar do Japão, na véspera da reunião entre os presidentes dos Estado Unidos e da China, nesta quinta-feira.
O míssil balístico KN-15, de médio alcance, voou cerca de 60 km, informou o ministério da Defesa da Coreia do Sul.
Pyongyang quer desenvolver um míssil de longo alcance com capacidade para transportar uma ogiva nuclear à zona continental dos Estados Unidos e realizou cinco testes, dois deles no último ano.
Várias resoluções da ONU buscam impedir que a Coreia do Norte desenvolva tecnologia nuclear e balística.
O Conselho de Segurança informou que seguirá de perto as ações da Coreia do Norte e que poderia “tomar medidas significativas no futuro”.
O último lançamento de um míssil foi “uma grave violação” de Pyongyang às resoluções da ONU, acrescentou.
Em 28 de abril, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, fará sua primeira visita à sede da ONU para participar de uma reunião sobre a Coreia do Norte.
Os Estado Unidos ocupam em abril a presidência do Conselho de Segurança, uma boa oportunidade para a nova gestão do presidente Trump expor as prioridades de sua política externa.
O Conselho aplicou seis conjuntos de sanções à Coreia do Norte, dois dos quais foram adotados no último ano como medida de acompanhamento para cortar a entrada de divisas da ONU ao regime de Kim Jong Un.