Conselho de Segurança da ONU analisa crise em Jerusalém e negocia pronunciamento

Conselho de Segurança da ONU analisa crise em Jerusalém e negocia pronunciamento

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu com urgência nesta segunda-feira (10) para avaliar a violência dos últimos dias em Jerusalém, mas sem chegar a m acordo sobre uma declaração conjunta, já que os Estados Unidos consideram que, “por enquanto, não é oportuno emitir uma mensagem pública”, afirmaram diplomatas.

As negociações a seguir se concentram em um texto que corre o risco de ser amenizado em comparação ao proposto inicialmente pela Noruega, membro não permanente desse órgão de 15 membros, disseram as fontes.

O texto inicial, que foi apresentado em conjunto com a Tunísia e a China, exige “que Israel interrompa as atividades de colonização, demolição e expulsão” de palestinos “incluindo em Jerusalém Oriental”, segundo o documento ao qual a AFP teve acesso.

A proposta de declaração expressa a “profunda preocupação” do Conselho com os incidentes e solicita as partes que evitem “medidas unilaterais que exacerbem as tensões e minem a viabilidade da solução de dois Estados”.

De acordo com um diplomata, os Estados Unidos pediram na reunião por videoconferência realizada a portas fechadas para “trabalhar nos bastidores” de forma a acalmar a situação, e disseram “não ter certeza de que uma declaração possa ajudar neste momento”.

No momento não foi possível obter comentários da missão americana na ONU.

Novos confrontos entre fiéis palestinos e forças israelenses eclodiram nesta segunda-feira na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, após um violento fim de semana que deixou mais de 300 feridos, na grande maioria palestinos.

Um dos fatores de tensão em Jerusalém Oriental é o destino das famílias palestinas que estão ameaçadas de ser despejadas do bairro de Sheikh Jarrah para beneficiar o assentamento de colonos judeus.