A Secretaria de Cultura do Estado homologou o tombamento da Catedral de Santo Antonio, uma das relíquias da arquitetura religiosa do interior paulista, em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba. O tombamento havia sido deliberado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), após análise de pareceres técnicos. A decisão, já publicada no Diário Oficial, foi divulgada nesta sexta-feira, 8.

A edificação original data de 1630, com a construção de uma capela de pau-a-pique, marco da fundação da cidade. A construção atual, em taipa e pedra, é do século 18, edificada em 1701 e ampliada entre 1773 e 1780. Entre as obras de arte de seu acervo, estão imagens de São Miguel, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora do Rosário, além de uma escultura seiscentista em terracota de Santo Antonio, padroeiro de Guaratinguetá. A peça é considerada exemplar único da imaginária paulista.

O tombamento levou em conta a arquitetura especial e característica das igrejas do Vale do Paraíba. A mais antiga obra arquitetônica da cidade foi submetida a várias reformas que, além de aumentar a volumetria, valorizaram e embelezaram a construção. A última delas, em 1913, alterou o frontispício. Na sua torre direita, construída em 1817, foram instalados um conjunto de sinos, em 1856, e um relógio, em 1899. A igreja possui sete altares barrocos, rococós e neoclássicos, formando um conjunto sem igual no Estado. O prédio é tombado por lei municipal desde 1952.