O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu, nesta quarta-feira, 10, o processo que pode cassar o mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). 

Chiquinho Brazão está preso desde o último dia 23, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu  em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. À época, Brazão era vereador na capital fluminense.

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Brazão nega as acusações. Segundo ele, os debates que manteve com a vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro não podem ser utilizados como motivo para ligá-lo ao assassinato de Marielle. “Eu estava ali lutando para aprovar o projeto de lei que regulamentava em um período de um ano os condomínios irregulares”, se defendeu por videoconferência em reunião da Comissão de Constituição e Justiça.

O Psol pede a cassação do mandato de Brazão (Representação 4/24). “O deputado federal Chiquinho Brazão desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogativas asseguradas para cometer as ilegalidades e irregularidades. A sua cassação é uma necessidade: a cada dia que o representado continua como deputado federal, é mais um dia de mácula e de mancha na história desta Câmara”, diz representação do partido

Nesta quarta-feira, 10, o deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), presidente do Conselho de Ética, sorteou uma lista com três possíveis relatores do caso. 

Os sorteados foram: Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos – RR). O presidente do Conselho de Ética ainda escolherá um relator.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias