Conselheiro de Trump chama Moraes de ‘Rei Louco’ após indiciamento de Bolsonaro

AFP - AP Photo/Eraldo Peres, File
Jason Miller e Alexandre de Moraes Foto: AFP - AP Photo/Eraldo Peres, File

O americano Jason Miller, que esteve envolvido nas campanhas presidenciais de Donald Trump como conselheiro, chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de “Rei Louco” em uma publicação no X (antigo Twitter) feita nesta quinta-feira, 21, após o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na publicação, Miller afirmou que o STF “cometeu um grande erro” e classificou Moraes como um “aspirante a ditador” disposto a “destruir a democracia e prejudicar o povo do Brasil” em uma busca por “poder pessoal”. “Alexandre de Moraes é verdadeiramente ‘O Rei Louco'”, concluiu.

+ Possesso após críticas, Eduardo Bolsonaro xinga e chama o pai de ingrato

+ Casa Rosada afirma não ter recebido pedido de asilo político de Bolsonaro

O post de Miller foi feito em resposta a uma publicação de Eduardo Bolsonaro em que o brasileiro diz estar lutando contra uma “ditadura” e critica a atuação da PF (Polícia Federal). O deputado acrescentou que sua presença nos Estados Unidos “jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil”.

O indiciamento dos Bolsonaro

ex-presidente e seu filho foram indiciados em um inquérito que apura a atuação de ambos para obstruir a Justiça na investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, pela qual Jair é réu no STF e pode ser condenado a até 43 anos de prisão. Ambos foram indiciados por coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O inquérito investiga a ida de Eduardo para os Estados Unidos, em março de 2025, com o objetivo declarado de articular reações da Casa Branca à atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos contra o pai na corte.

Desde que o deputado licenciado está em solo americano, o presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros enviados ao país, revogou vistos de Moraes e aliados e enquadrou o magistrado na Lei Magnitsky. O ex-presidente entrou no processo após financiar a ida do filho para o exterior.