LONDRES, 6 FEV (ANSA) – O Reino Unido relembra nesta terça-feira (6) as sufragistas, cuja luta, extremamente polêmica para a época, permitiu que as mulheres britânicas conquistassem o direito ao voto no país europeu há 100 anos. Como parte da celebração, a primeira-ministra Theresa May – a segunda do país, depois de Margaret Thatcher – pronunciará um discurso em Manchester em homenagem às militantes heroicas. Os primeiros grupos favoráveis ao sufrágio feminino se formaram no final da década de 1860, no Reino Unido, mas só ganharam relevância quando a ativista Emmeline Pankhurst fundou o Sindicato Político e Social das Mulheres, em 1903.   

A lei que outorgava o direito ao voto às mulheres maiores de 30 anos, cerca de oito milhões, foi aprovada pelo Parlamento britânico no dia 6 de fevereiro de 1918. No entanto, foi preciso esperar uma década para que as mulheres pudessem votar aos 21 anos, como faziam os homens.   

O sucesso das sufragistas britânicas se emoldura em um movimento social mais amplo que já tinha levado a reconhecer o voto feminino na Nova Zelândia (1893), na Austrália (1902), na Finlândia (1906), na Noruega (1913) e na União Soviética (1917), e que logo seria reproduzido na Alemanha (1918) e nos Estados Unidos (1920). (ANSA)