Prometendo novos tempos no comando da Conmebol, Alejandro Domínguez anunciou que Rolando López, presidente da Federação Boliviana de Futebol, é o novo tesoureiro da Confederação Sul-Americana. Assim, mantém uma dinastia, uma vez que os dois últimos ocupantes do cargos são bolivianos. Ambos foram indiciados pela Justiça dos EUA, envolvidos no escândalo de corrupção que estourou no ano passado.

Quando a cúpula da Conmebol foi sacudida pelas investigações da Justiça norte-americana, o tesoureiro da entidade era Carlos Chávez. Então presidente da federação boliviana, ele está preso nos Estados Unidos. Além disso é acusado, pela Justiça do seu país, de crimes como peculato, apropriação indevida de valores, enriquecimento ilícito e de forjar resultados financeiros. Ele é apontado como o responsável pelo desvio de pelo menos US$ 5 milhões.

Até novembro do ano passado, apesar de Chávez estar atrás das grades, a Conmebol seguia reconhecendo-o como presidente da federação boliviana, ignorando a eleição de Marco Ortega para o cargo. Em janeiro, outro pleito foi realizado, com a vitória de Rolando López, presidente do Jorge Wilstermann.

Antecessor de Chávez como presidente da federação boliviana, cargo que ocupou até 2013, Romer Osuna também está entre os indiciados pela Justiça dos Estados Unidos. Ele está em liberdade na Bolívia.