Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Conhecido por tatuagem de Temer, ex-deputado será julgado no STF por peculato

Processo contra Wladimir Costa, o ‘deputado da tatuagem’, voltou ao STF após novo entendimento sobre foro privilegiado

Tatuagem para Temer e condenado por ofender artistas, quem é o ex-deputado preso pela PF por crimes eleitorais
Em 2017, Wladimir Costa fez uma tatuagem falsa em homenagem ao então presidente, Michel Temer Foto: Reprodução

Figura folclórica do baixo clero da Câmara em seus quatro mandatos, conhecido por ter feito uma tatuagem falsa com o nome de Michel Temer em 2017, o ex-deputado Wladimir Costa será julgado no STF por suposto crime de peculato.

O processo contra Costa foi aberto a partir de uma denúncia feita em 2017 pela PGR, quando ele ainda era deputado. Segundo a acusação, o ex-deputado desviou R$ 230 mil, que seriam destinados a atividades esportivas no Pará.

O caso havia sido enviado à Justiça Federal do Pará em 2019, ano em que Costa deixou a Câmara, mas o novo entendimento do Supremo sobre foro privilegiado fez com que a ação penal retornasse à Corte, em maio deste ano.

Em decisão em 5 de agosto, Cármen Lúcia definiu que a competência sobre o caso é mesmo do STF. A ministra validou a decisão da Justiça Federal de Barcarena (PA) que havia tornado Costa réu e mandou a ação penal por peculato seguir.

Wladimir Costa ganhou visibilidade em julho de 2017, ao aparecer com uma insólita tatuagem no ombro direito com o nome de Michel Temer, como forma de apoio em meio às denúncias da PGR contra Temer a partir das delações da JBS. Alguns dias depois, ele admitiu que a tatuagem era de henna.

Em setembro de 2024, o “deputado da tatuagem” foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará por difamação majorada, extorsão, violência política de gênero e violência psicológica contra mulher por ter feito postagens ofensivas e exposto a vida privada de uma deputada federal nas redes sociais. Costa atualmente está em prisão domiciliar.