Conheça síndrome rara que gerou malformação no filho do cantor Zé Vaqueiro

Conheça síndrome rara que gerou malformação no filho do cantor Zé Vaqueiro
Conheça síndrome rara que gerou malformação no filho do cantor Zé Vaqueiro Foto: Montagem reprodução/Web

Ingra Soares, esposa do cantor Zé Vaqueiro, tem compartilhado com seus seguidores a evolução de seu filho caçula, Arthur, de sete meses, que nasceu com uma malformação congênita. Em uma publicação recente, a influenciadora postou uma foto do bebê sentado, tomando banho em uma bacia.

“Pode parecer besteira o que eu vou falar, mas é tão lindo ver você tomando banho assim. Deus é bom o tempo todo. Eu te amo”, escreveu Ingra nos Stories do Instagram na época.

Em julho do ano passado, o cantor Zé Vaqueiro revelou que Arthur foi diagnosticado com a Síndrome de Patau. Devido ao estado de saúde do filho, o artista chegou a anunciar o cancelamento de sua agenda de shows por alguns meses.

Além de Arthur, Zé Vaqueiro e Ingra também são pais de Daniel, de 3 anos, e Nicole, de 13.

IstoÉ Gente conversou com a Dra. Carla Iaconelli, que é referência em medicina reprodutiva, diagnóstico e tratamento de infertilidade, que explicou o quadro do filho de Zé Vaqueiro. Confira!

O que é a Síndrome de Patau?

A Síndrome de Patau é uma condição genética e ocorre quando há três e não dois cromossomos 13, como deveria ser. Esse cromossomo extra leva a uma série de alterações no desenvolvimento do bebê, sendo os mais comuns:

  • Malformações no sistema nervoso central;
  • Atraso mental acentuado;
  • Problemas cardíacos congênitos;
  • Problemas no desenvolvimento do sistema reprodutor;
  • Fenda labial e no palato;
  • Orelhas mal posicionadas;
  • Pés e mãos com um sexto dedo ou sobrepostos;
  • Olhos afastados ou pequenos.

Neuploidia fetal

A neuploidia fetal é uma alteração relacionada aos cromossomos, então quando tem uma contagem de cromossomos que não é o normal, que seriam 46 cromossomos sendo dois sexuais, as mulheres são XX e os homens XY.

A maioria das alterações, que são muito frequentes nos seres humanos, para você ter uma ideia, uma mulher com 35 anos tem metade dos seus embriões formados com aneuploidias, e isso a gente sabe hoje por causa da reprodução assistida, que nós temos a possibilidade de biopsiar os embriões antes de colocar no útero, assim evitando aneuploidias, então é uma doença evitável hoje em dia fazendo tratamento de reprodução humana. Essas aneuploidias aumentam com a idade do óvulo da mulher, então, ela está mais relacionada ao aumento da idade da mulher.

Uma dessas neuploidias, voltando à frequência, as mulheres com 38 anos têm a maioria dos seus embriões alterados, as mulheres com 38 a 40 anos têm 70% até 80% de seus embriões com a neuploidia, e as mulheres com 45 anos têm 90% dos seus embriões com aneuploidia, sendo que a taxa de aborto aumenta com a idade, porque aumenta a taxa de neuploidia.

Hoje a gente não pode chamar de doença porque as crianças nascem e muitas têm uma evolução que pode ser inclusiva, é a síndrome de Down. A síndrome de Down é o resultado de um bebê que tem 3 cromossomos 21, então é uma alteração no número de cromossomos que pode gerar um bebê vivo e que pode viver muitos e muitos anos hoje em dia. Também tem outras aneuploidias que os bebês nascem, mas a expectativa de vida é menor, eles têm mais alterações, que é a síndrome de Patal e a síndrome de Edward. A síndrome de Patal é relacionada ao cromossomo 13 e a de Edward ao cromossomo 18.

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