Deolane Bezerra teve sua prisão domiciliar revogada nesta terça-feira, 10, após descumprir ordens judiciais de não se manifestar sobre o caso e não utilizar as redes sociais. Ela havia sido  beneficiada com um habeas corpus, na segunda-feira, 9, e deveria cumprir pena em casa, com tornozeleira eletrônica.

A advogada foi presa na última quarta-feira, 4, em Recife, durante “Operação Integration”, da Polícia Civil de Pernambuco, que investiga lavagem de dinheiro e jogos ilegais da empresa “Esportes da Sorte”.

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Deolane agora vai cumprir detenção na Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), no Agreste do estado, cidade com aproximadamente 54 mil habitantes e a cerca de 300 km da capital.

Na decisão, a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital, avaliou que a unidade prisional no Agreste é um “ambiente mais adequado para a preservação da tranquilidade pública”.

Porém, a previsão para os próximos dias de Deolane na cadeia não são as melhores. Além de acumilar problemas em sua estrutura, a unidade prisional abriga condenados por canibalismo

A penitenciária é superlotada e estaria operando com 170% de capacidade. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Sisdepen), o local tem capacidade para 109 mulheres, mas está ocupado por 270 apenadas. A estrutura é dividida em dois pavilhões que recebem detentas em regimes fechado e semiaberto.

Canibais de Garanhuns

A Colônia Penal Feminina de Buíque abriga condenadas em um caso que chocou o país em 2012, os “canibais de Garanhuns”, como ficou conhecido o trio que praticava assassinatos e comia as vítimas, além de usar os restos mortais para fazer empadas para vender e vender pela cidade, também localizada no Agreste de Pernambuco.

Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva seguem apenas na unidade. Elas confessaram os crimes, cometidos juntamente com Jorge Beltrão Negromonte.