A placenta é um órgão temporário desenvolvido durante a gestação. Com o propósito de garantir os nutrientes e o oxigênio necessários para a sobrevivência do feto, ela é expelida pelo corpo após o parto. No entanto, nos últimos tempos a placenta vem ganhando uma nova finalidade: seu extrato, rico em nutrientes, se tornou um ingrediente popular em produtos para a pele.

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Apesar de algumas evidências mostrarem que as substâncias encontradas neste órgão podem ser grandes aliadas do skincare, mais estudos são necessários para comprovar sua eficácia. As informações são do “Healthline”.

Tipos de placenta utilizados em produtos para a pele

Placenta humana

Não está claro como algumas marcas obtêm placenta humana para utilização em seus produtos. Além disso, não existe pesquisa que comprove a eficácia e a segurança de seus produtos.

Placenta de ovelhas

Esse é o tipo mais comum de placenta utilizado em produtos para cuidados com a pele. A placenta de ovelhas também é rica em nutrientes.

Placenta vegetal

As plantas não dão à luz como mamíferos, por isso, sua placenta é diferente. Ela se localiza sob o pistilo da planta — que é onde as sementes se desenvolvem. A placenta vegetal ajuda a formar as sementes, por isso é rica em nutrientes.

Tipos de cosméticos com placenta 

Os produtos com placenta mais utilizados são máscaras (em creme, pó ou tecido) e cremes faciais. Apesar de a substância ser o chamariz para a compra, muitos deles possuem ainda outros ativos comprovadamente benéficos para a pele.

Razões para utilizar a placenta em produtos para a pele

Antioxidação

A placenta possui propriedades antioxidantes, que são necessárias para combater o estresse oxidativo — condição que pode causar inflamações crônicas e até mesmo câncer de pele

Propriedades anti-idade

O estresse oxidativo pode também acentuar sinais de envelhecimento como rugas, elasticidade reduzida e manchas na pele. Pesquisas disponibilizadas na PubMed Central indicaram que as injeções de extrato de placenta humana podem reduzir a hiperpigmentação e que o extrato de placenta suína pode reduzir os sinais de envelhecimento, mas mais estudos são necessários.

Cicatrização

Em 2015, um estudo do Jornal de Cirurgia Oral e Maxilofacial (JOMS), periódico americano, utilizou um gel feito com o extrato da placenta para cicatrização bucal pós-cirúrgica. Além disso, outro estudo publicado na PubMed Central identificou que a placenta de rosas auxiliou na cicatrização de camundongos, mas mais estudos em humanos precisam ser feitos para comprovar essa eficácia. 

Outros possíveis usos do extrato de placenta

De acordo com estudos, o extrato também pode ser utilizado para o tratamento de dermatite e queimaduras. Muitas famosas, como Kim Kardashian, já apostaram também na ingestão de cápsulas de placenta. No entanto, essa prática foi condenada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Isso porque o processo de confecção das pílulas de placenta não destrói germes nocivos que não devem ser ingeridos.

Precauções e possíveis efeitos colaterais

Mesmo com efeitos colaterais pouco conhecidos, um artigo do Jornal Americano de Ginecologia e Obstetrícia já indicou que produtos para cabelo contendo placenta poderiam conter estrogênio, aumentando os riscos de menarca (primeira menstruação) precoce, miomas e câncer de mama na pré-menopausa. Isso indica que cosméticos faciais também podem corromper os níveis de hormônio no corpo. Por isso, a prática ainda requer muitos estudos sobre seus efeitos em humanos para ser considerada 100% segura.