Quando se trata de maternidade, a amamentação é um dos pontos que ganham destaque entre as preocupações que uma mãe de primeira viagem tem. O tema é tão importante que é incentivado no mês do aleitamento materno, o Agosto Dourado. Embora a relevância para os bebês seja bem conhecida, pouco se fala sobre os benefícios dessa prática para as mães e a necessidade do autocuidado durante o período de amamentação.

+ 17 dicas para uma gravidez saudável

+ Conheça os efeitos da gravidez na pele e no controle emocional

O leite materno é composto por proteínas, gordura, água e carboidrato, não tem bactérias e possui diversos fatores imunológicos. No entanto, para que esses nutrientes sejam passados em sua melhor forma de mãe para filho, é essencial que a puérpera se mantenha saudável e faça acompanhamento pré-natal nutricional. A boa alimentação é um dos benefícios desse período para a saúde da mulher.

Amamentar não é uma tarefa fácil, e além de ser um ato de amor para os filhos, é sinônimo de saúde para as mamães. Segundo a ginecologista e obstetra Carolina Curci, essa prática pode ajudar inclusive na recuperação pós-parto. “Diminui a questão de sangramento, o útero se recupera mais rápido. Ajuda na prevenção do câncer de mama, câncer de endométrio e osteoporose. Alguns estudos demonstram que melhora o controle de pressão alta e do diabetes para as tiveram essas doenças durante o pré-natal”, explica.

O desgaste da amamentação é comum, por isso a médica aconselha que a mãe tente dormir nos mesmos horários que o bebê para descansar com menos preocupação. Embora o cuidado com a criança seja, na maioria das vezes, redobrando durante esse tempo de maior dependência materna, é de extrema importância que a puérpera tente relaxar.

O autocuidado pós-parto é um fator que ser mantido, afinal o corpo passou por uma série de mudanças e precisa de atenção. O bem-estar está alinhado ao emocional e ao físico, por isso, Carolina aconselha as mamães tirarem um tempo para si. Desde cuidados com a pele, por exemplo, ou a leitura de um livro, tudo é benefício para a saúde e não deve ser deixado de lado.

“Precisamos estimular a amamentação, passar todas essas orientações. No entanto, também não podemos esquecer de dar suporte, acolhimento e muito carinho para aquelas que por algum motivo não conseguiram produzir leite. Também estamos do lado delas. Falamos muito em ter que amamentar, mas se uma mulher não conseguiu, tudo bem, ela não é menos mãe”, ressalta a obstetra.