A psoríase é uma doença de pele autoimune, inflamatória e não contagiosa que afeta 1,31% da população brasileira, segundo dados de uma pesquisa realizada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Apesar de incurável, essa condição pode ser tratada com ajuda médica e, além disso, é válido associar à alimentação adequada para evitar crises. 

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Segundo informações da SBD, os sintomas dessa doença são incômodos e visíveis: manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas; pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas; pele ressecada e rachada e, às vezes, com sangramento; coceira, queimação e dor; unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma; inchaço e rigidez nas articulações; em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades. 

Embora a dieta não substitua o tratamento médico, alguns órgãos internacionais de saúde dizem que certos alimentos podem ajudar a reduzir a inflamação no corpo, o que consequentemente pode ajudar a psoríase, visto que esta é uma doença inflamatória. As informações são do “The Sun”.

Os alimentos benéficos para essa condição incluem: salmão, atum, nozes, sementes de chia, óleo de linhaça, couve, amoras, abóbora, queijo e ovos. Saiba mais a seguir:

1 – Peixes oleosos, nozes e sementes

Ricos em ômega 3 e ácidos graxos, alimentos como salmão, nozes, sementes de chia e óleo de linhaça são ótimos aliados à saúde da pele. 

Uma pesquisa sobre outras condições inflamatórias, como a artrite reumatoide, sugeriu que comer estes alimentos que reduzem a inflamação no corpo pode ser benéfico. “Não há evidências definitivas de que funcione na psoríase, mas pode ser uma abordagem que algumas pessoas acreditam que ajuda”, declarou a Associação de Psoríase no Reino Unido.

2 – Frutas e vegetais

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (em inglês: NHS — United Kingdom National Health Service) não recomenda uma dieta específica para a doença, mas afirma que ser importante manter uma alimentação saudável e equilibrada, que inclua frutas e vegetais. Existe uma grande variedade de frutas e vegetais ricos em antioxidantes ou compostos anti-inflamatórios bons para a pele, como vegetais de folhas verdes escuras, frutas vermelhas e abóbora. 

Segundo o NHS, praticar exercícios também pode ser uma boa alternativa aliada à alimentação e ao tratamento, pois as atividades aliviam o estresse — o que pode reduzir os sintomas da psoríase. 

3 – Vitamina D

Especialistas destacam que a deficiência de vitamina D — presente no sol — tem sido associada à psoríase. O SBD, por exemplo, recomenda dedicar algum tempo para ficar ao ar livre, pois o sol ajuda a manter a pele mais saudável — e regula a inflamação. 

Ao tomar sol, não faça longas exposições e prefira os horários com raios mais saudáveis, como antes das 10 horas e depois das 16 horas. Além disso, assim como qualquer pessoa, é imprescindível o uso de filtro solar de alta proteção.

Alguns alimentos também são ricos em vitamina D, como queijos, iogurtes, manteiga, ovos, salmão e atum. 

O que evitar

Assim como muitas outras condições de saúde, a psoríase também pode ser agravada por alguns alimentos. Saiba quais são:

1 – Glúten 

Pesquisas sugerem que uma dieta sem glúten — comum em pães, massas, biscoitos, bolos e cerveja — pode melhorar problemas de pele.

A Fundação Nacional de Psoríase afirmou que “em um pequeno número de casos, a eliminação do glúten pôde levar a melhorias. No entanto, seguir uma dieta sem esse composto é muito restritiva e desafiador, logo, não é um passo que você deva dar desnecessariamente”. 

Segundo a Fundação, pode ser longo o processo para que os efeitos do corte do glúten se tornem evidentes, a menos para aquelas que têm intolerância.

2 – Nightshades

Evidências indicam que os nightshades — família de plantas que produzem alimentos como tomates, batatas, pimentões e berinjela, bem como tabaco — potencializam doenças de pele, como psoríase e eczema.

3 – Álcool

De acordo com a Associação de Psoríase, as bebidas alcoólicas podem afetar a psoríase, visto que o álcool desidrata e, portanto, pode ressecar ainda mais a pele.

Um artigo científico publicado em 2019 ressaltou que “pacientes com psoríase e consumo excessivo de álcool tendem a ter inflamação mais grave”.