ROMA, 12 OUT (ANSA) – Por Silvana Logozzo – Após 737 dias em cativeiro na Faixa de Gaza, os israelenses sequestrados pelo Hamas e pela Jihad Islâmica nos atentados de 7 de outubro de 2023 estão perto de voltar para casa.
O grupo remanescente no enclave palestino é formado por 48 pessoas, das quais estima-se que 20 ainda estejam vivas.
A maioria dos que resistiram foi sequestrada na rave na floresta de Be’eri, o festival Nova, como Rom Braslavski, de 21 anos e que trabalhava como segurança no evento. Em agosto passado, a Jihad Islâmica divulgou um vídeo em que ele aparecia esquelético e, aos soluços, dizia não conseguir ficar em pé devido aos ferimentos.
Outro que teve imagens divulgadas dois meses atrás é Evyatar David, de 24 anos e que apareceu em um vídeo cavando sua própria cova dentro de um túnel, visivelmente desnutrido.
A lista de raptados na rave ainda inclui Elkana Bohbot, 36 anos, Guy Gilboa-Dalal, 24, Segev Kalfon, 26, Bar Kupershtein, 23, Eitan Mor, 25, Yosef-Haim Ohana, 24, Maxim Herkin, 27, e Alon Ohel, um talentoso pianista de 23 anos que também tem cidadania alemã e sérvia e foi sequestrado em um abrigo antiaéreo perto do local da festa. Ele foi ferido por um estilhaço no olho, e teme-se que esteja parcialmente cego. Já Avinatan Or, 32, foi capturado ao lado da namorada Noa Argamani, resgatada pelas forças israelenses em junho de 2024.
Por sua vez, o húngaro-israelense Omri Miran, 48, foi sequestrado pelos terroristas no kibutz Nahal Oz, onde, durante o ataque, os milicianos do Hamas mantiveram sua família, incluindo as filhas pequenas, como reféns e transmitiram as imagens ao vivo no Facebook.
Miran e o pai de outra família, Tsachi Idan, foram levados para a Faixa de Gaza, porém o segundo acabou morto. Já os gêmeos Gali e Ziv Berman, de 28 anos, foram retirados de suas casas no kibutz Kfar Aza, na fronteira com Gaza. O argentino israelense Ariel Cunio, 28, foi levado do kibutz Nir Oz com sua namorada, Arbel Yehoud, libertada em janeiro passado.
David Cunio, 33, irmão de Ariel, foi sequestrado com a esposa Sharon e seus gêmeos de três anos em Nir Oz; todos foram libertados em novembro de 2023, exceto David. Eitan Horn, 38, natural de Kfar Saba, visitava o irmão Iair no kibutz Nir Oz no dia 7 de outubro. Matan Zangauker, 25, também estava em Nir Oz, e sua mãe liderou por dois anos uma batalha incansável pelo filho e contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Quanto aos soldados, apenas dois estão certamente vivos: Matan Angrest, de 22 anos, que foi atacado e retirado de um veículo blindado no sul de Israel na manhã do massacre, e Nimrod Cohen, 21, que foi sequestrado de um tanque perto da base de Nahal Oz, onde estava estacionado. A família também espera a libertação de Tamir Nimrodi, 20, porém os entes queridos ainda não sabem se ele voltará para casa vivo ou morto.
Segundo o acordo de cessar-fogo, o Hamas também deve devolver os corpos dos reféns mortos, mas não dentro das 72 horas estabelecidas para os vivos. Entre os sequestrados falecidos há soldados, um taxista, um motorista de ambulância, habitantes dos kibutzim – incluindo vários idosos de 75 a 86 anos – e uma mulher, Inbar Haiman, 27, morta no festival. (ANSA).