Prepare seu coração para a maior exposição de dinossauros do mundo. ‘Dinossauros Patagotitan’ chega a São Paulo diretamente da Patagônia, apresentando como destaque o maior dinossauro que existiu na Terra, o titanossauro Patagotitan, além de uma impressionante coleção paleontológica.

A mostra científica ocupa 2.300 metros quadrados e apresenta dezenas de esqueletos de dinossauros e fósseis originais dos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. Também está exposta uma réplica do esqueleto em tamanho natural do “brasileiro” Buriolestes schultzi, que viveu há 233 milhões de anos.

Adorados por todos, dinossauros fazem parte do nosso universo imaginário e estão presentes em nossa cultura, em livros, museus e filmes que são recorde de bilheteria. Há muitos milhões de anos, viviam exatamente por aqui. Na América do Sul, a Argentina tornou-se um dos principais polos de exploração e preservação desse patrimônio pré-histórico. Devido ao clima e ao solo, os fósseis encontrados na Patagônia foram relativamente preservados no gelo e nas rochas. Em 2013, um morador local avistou a ponta de um osso gigante saindo de uma rocha e deu início a escavações que encontraram o maior dinossauro do planeta, o gigantesco titanossauro Patagotitan mayorum.

No Pavilhão das Culturas Brasileiras (Pacubra) do Parque Ibirapuera, o público poderá vivenciar uma experiência única, com 16 réplicas de esqueletos de dinossauros completos e 20 fósseis originais, incluindo o maior de todos, o titanossauro herbívoro Patagotitan, e o gigante carnívoro Tyrannotitan. Também estará exposto o crânio do Giganotossauro, um dinossauro que se tornou popular depois de derrotar o T.Rex no último filme da série ‘Jurassic Park’. Estudos indicam que o dinossauro tinha 40 metros de comprimento e 72 toneladas, que equivalem a três caminhões enfileirados e ao peso de 18 elefantes.

A exposição mostra ainda uma réplica do esqueleto em tamanho natural do dinossauro mais antigo do mundo, o “brasileiro” Buriolestes schultzi, que viveu há 233 milhões de anos. Trata-se de um pequeno bípede encontrado em um sítio arqueológico do Rio Grande do Sul. Ele tinha um cérebro potente, dentes pontiagudos e um corpo esguio e ágil que o faziam um predador bastante eficiente. A tecnologia marca presença ao simular um coração de um dinossauro gigante em 3D (três dimensões) e em demonstrações com realidade aumentada.

Todo esse universo maravilhoso me faz lembrar os primeiros desenhos da humanidade. A Arte Rupestre é, sem dúvida, uma das primeiras manifestações culturais do Homem, com criações artísticas feitas durante a Pré-História, incluindo a aplicação de pigmentos sobre superfícies e a gravação de desenhos nas fissuras nas rochas, com temáticas de caça e da vida cotidiana da época.

Estudiosos afirmam que o ser humano adquiriu sua capacidade intelectual e artística para criar símbolos há 40 mil anos e, com o passar do tempo, ficou possível a identificação de hábitos e da cultura dos povos da antiguidade de todos os continentes. Na Europa, foram encontrados exemplos de manifestações artísticas europeias ou pré-colombianas da época do Neolítico (de até 8.000 a.C.), mas a idade exata desses desenhos ainda é um mistério, uma vez que apenas 5% delas foram datadas com precisão. As primeiras técnicas que foram utilizadas eram bastante simples, consistindo em linhas e traços e marcas de mão com tinta (mãos em negativo). Depois, outras formas de representação surgiram com uso de outras técnicas, estilo claro-escuro e pinturas policrômicas (com várias nuances de cores).

Essas pinturas ilustram importantes momentos da história, assim como medos e crenças. Especialistas dizem que desenhos de flechas atingindo animais, por exemplo, tinham a crença de que poderiam ajudar positivamente na caçada do dia seguinte. Animais, caçadas, colheitas, festas e rituais também foram registrados pelo povo daquele tempo e nos faz concluir que os registros dos primeiros habitantes da Terra são de uma época muito posterior a dos répteis e das aves gigantes. Como se sabe, todos os dinossauros viveram na Era Mesozoica, há 251 milhões de anos e há 65 milhões de anos foram extintos, milhões de anos antes dos primeiros desenhos do Homem.

Torço para que as crianças e adultos que visitarem a exposição deixem um pouco de lado os celulares para fazer os seus ‘desenhos de caverna’, pintar dinossauros, visitar escavações e aproveitar a Praça DINOS disponível no local e ler mais sobre as lições do responsável pela exposição no Brasil, Luiz E. Anelli, paleontólogo renomado, professor da USP e um dos maiores especialistas mundiais em dinossauros. Se desejar saber mais sobre um artista ou se tiver uma boa história sobre arte para me contar, aguardo contato pelo Instagram Keka Consiglio, Facebook ou Twitter.