Aos 18 anos, Helena Wenk é uma das revelações da seleção feminina de vôlei nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. As brasileiras disputam a medalha de ouro nesta quinta-feira contra a República Dominicana. O título da competição não vem desde 2011, em Guadalajara, no México. Na edição de Lima, em 2019, as meninas terminaram na quarta colocação.

Helena tem muito a ver com a campanha do time no Pan, em sua primeira participação no time principal. Na redes sociais, ela tem 42 mil seguidores. Posta foto de jogo, do Flamengo, seu time no Rio de Janeiro, da mãe e da sua juventude. Mas quem é ela?

Mesmo jovem, a ponteira de 1,99m de altura já é experiente na seleção brasileira de vôlei, sobretudo nas categorias de base. Natural de Joinville, em Santa Catarina, Helena participou da campanha que rendeu o bronze para a equipe nacional no Mundial Sub-21, realizado em agosto deste ano, no México.

Em 2020, Helena também já havia sido campeã sul-americana da categoria. Ela foi a maior pontuadora da final contra a Argentina, com 15 acertos. De quebra, a catarinense ainda foi escolhida a melhor ponteira e jogadora (MVP) do campeonato.

“Ela é uma jogadora de muito potencial. Espero que se mantenha com os pés no chão. Há muita gente grande e talentosa como ela, então o diferencial é o trabalho, a dedicação. E ela tem se dedicado e tem boa personalidade”, destacou Bernardinho, técnico do Sesc RJ Flamengo, time que Helena defende atualmente.

CIRURGIA NO CORAÇÃO

No início de setembro, a jovem passou por uma cirurgia cardíaca após exames terem identificado uma comunicação interatrial do tipo Ostium Secundum. A lesão é uma das cardiopatias congênitas mais comuns, porém, considerada de caráter simples. A atleta teve uma recuperação rápida após a intervenção.

“A minha cirurgia foi simples e rápida. Fiquei cinco dias em repouso e a minha recuperação durou 15 dias, onde tive todo o suporte da comissão técnica do Flamengo. O Marco, preparador físico, me ajudou nesse processo”, disse a jogadora, na época.

CAMPANHA BRASILEIRA NO PAN

A seleção brasileira está competindo com uma equipe alternativa devido à coincidência de datas com os principais torneios interclubes da Europa. Jogadoras que atuam no exterior não foram convocadas por Paulo Coco, assistente técnico de José Roberto Guimarães.

Ainda assim, o time faz uma campanha perfeita na competição. Na semifinal, venceu o México por 3 a 2, na quarta-feira. Antes, já tinha superado Cuba, Argentina e Porto Rico. Se derrotar a República Dominicana na final, será a quinta conquista brasileira na história dos Jogos Pan-Americanos.