Os setores de Varejo e Serviços são os que mais investem em tecnologia no momento de otimizar o crescimento do negócio, segundo revelou uma pesquisa realizada pela plataforma Córtex, na qual 24,9% das empresas participantes se consideram com um alto nível de recurso tecnológico. Por outro lado, informações divulgadas pela consultoria Opinion Box afirmam que 86% dos consumidores enxergam de forma positiva o uso de ferramentas digitais na jornada de compra. Diante desse contexto, uma tendência se fortalece no mercado: a de negócios autônomos.

A iniciativa se dá por meio de estabelecimentos comerciais que fazem uso da ausência total ou parcial de vendedores na intermediação das compras. Com o auxílio da tecnologia, cabe ao próprio consumidor escolher, adquirir e pagar pelo item desejado.

“Esse modelo de negócio ficou conhecido internacionalmente, especialmente nos Estados Unidos, por meio de ações de grandes varejistas que apostaram no conceito ‘to go’. No Brasil, o formato, que significa “para levar”, ganhou força com a necessidade de isolamento social durante o período de pandemia, mas por conta da praticidade que proporciona aos consumidores, está em crescimento exponencial”, diz Vinícius Orsi, CTO da Take.

A Take é uma das startups que atuam com base no modelo de negócio autônomo por meio das vending machines, sendo a primeira a funcionar com tecnologias próprias na operação de smart vending coolers (geladeiras inteligentes) de bebidas alcoólicas e não alcoólicas.

“Percebemos que a iniciativa tem uma boa aderência no mercado, principalmente devido a economia de tempo, visto que é comum que esses pontos de vendas estejam bem próximos aos consumidores, inclusive, em condomínios residenciais, evitando assim gasto de tempo em filas ou deslocamentos”, explica o executivo.

Pensando em desmistificar o negócio autônomo, o CTO da Take listou as principais tecnologias por trás dessa tendência.

Confira abaixo:

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia que simula a inteligência humana. “Em uma loja autônoma, por exemplo, o recurso pode ser utilizado na identificação por imagem. Dessa maneira, é possível identificar de forma automática os produtos que estão sendo retirados do estabelecimento.

A ferramenta também é uma grande aliada dos empreendedores para detectar padrões de consumo e, consequentemente, oferecer uma experiência de compra mais personalizada aos usuários”, revela o CTO.

Aplicativo

Atualmente, o dispositivo móvel é um objeto essencial na rotina do consumidor. “Os aplicativos podem ser considerados um canal de aproximação entre marca e cliente, que simplifica as atividades do cotidiano, como, por exemplo, a aquisição de um item”, pontua o CTO.

QR Code

O QR Code é uma espécie de código de barras no formato de um quadrado que, ao ser lido pela câmera de um dispositivo móvel, transmite informações.

“Essa tecnologia reflete a preferência dos consumidores pelo omnichannel, ou seja, pela junção de uma experiência física com uma digital. Ao ser aplicado em lojas autônomas, pode funcionar desde cardápios digitais ao destrave de geladeiras para acessar os produtos”, finaliza o executivo.