A imagem da meio-campista Ary Borges, autora de três gols na estreia da seleção brasileira contra o Panamá, aos prantos após balançar a rede pela primeira vez na Copa do Mundo feminina, demonstra como esta partida era importante para ela. Aos 23 anos, a maranhense atua pelo Racing Louisville, dos Estados Unidos, e se tornou um dos pilares do time de Pia Sundhage nos últimos anos.

Este é o primeiro Mundial da jogadora, que já conta com 28 atuações pela seleção. Ary é Ariadina Alves Borges e ficou conhecida no cenário nacional ao ser campeã brasileira da Série A2 pelo São Paulo. Após boa temporada, foi contratada pelo Palmeiras, onde conquistou a Copa Paulista e a Copa Libertadores, fazendo gol na final da competição intercontinental.

Ary Borges não sonhava em ser jogadora de futebol até os dez anos. Criada pela avó, ela se mudou para São Paulo ainda na juventude e, por incentivo do pai, começou a praticar o esporte e chegou ao Centro Olímpico, clube que a formou como atleta. Ela pegou gosto pelo futebol e não parou mais.

De acordo com a meio-campista, sua família foi importante no processo para transformá-la em uma atleta profissional. Ary conta que sempre foi apoiada por tios e primos, que a protegiam com unhas e dentes, e que o pai sempre adorou o fato de ela jogar bola.

De personalidade forte e sem papas na língua, Ary Borges é uma das lideranças do elenco da seleção brasileira e faz questão de se posicionar nos mais diversos assuntos. Ela, por exemplo, já afirmou que não sabe se apoiará a candidatura brasileira a ser sede do Mundial de 2027 e criticou publicamente a contratação de Cuca pelo Corinthians.

A jogadora também é conhecida por sua alegria. Após o choro de emoção com o primeiro gol marcado, Ary fez questão de se levantar e, ao lado de Kerolin, fez uma dancinha em homenagem à Marta. Ela é uma das “dançarinas” da seleção, sempre alegre no grupo.