A cúpula do Congresso Nacional vê como provável uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o vazamento de conversas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O presidente Jair Bolsonaro (PSL), por outro lado, tenta se afastar do caso envolvendo o então juiz e atual ministro da Justiça.

Na manhã desta segunda-feira (10), Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, estiveram com Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e discutiram o cenário. Na noite de domingo (9), horas depois do site The Intercept Brasil divulgar trechos de conversas, parlamentares já comentavam sobre uma possível CPI.

A preocupação de Maia e Alcolumbre, no entanto, é a manutenção de uma agenda mínima de governabilidade, começando pela tramitação da reforma da Previdência. O presidente Jair Bolsonaro ainda não comentou o assunto e, segundo a publicação, deve deixar a missão para seu porta-voz, o general Otávio do Rêgo Barros.

Ainda de acordo com a Folha, que conversou com pessoas próximas ao presidente, a ordem é se afastar de atos pregressos de Moro. Sendo assim, o ministro deve ser colocado diante do Congresso para uma CPI.