Nos próximos dias, o Congresso Nacional será palco do Fórum Parlamentar do Brics. O evento reunirá mais de 150 deputados pelo menos 15 nações e será realizado de 3 a 5 de junho. O fórum, além de preparar para a Cúpula, vai discutir temas como regulação de Inteligência Artificial, crise climática e saúde global.
Antes da abertura oficial, o fórum realiza nesta terça-feira, 3, um encontro das mulheres parlamentares que vai discutir o papel feminino frente aos desafios tecnológicos e ambientais. A reunião vai abordar o tema “Mulheres na Era da Inteligência Artificial: entre a proteção de direitos e a inclusão feminina na economia digital”, e também vai tratar de contribuições das mulheres na luta contra a crise climática.
Simultaneamente, os presidentes das comissões de Relações Exteriores debatem estratégias para fortalecer a presença do Brics no cenário internacional, com destaque para o comércio global em meio às atuais tensões geopolíticas. A agenda inclui ainda temas como investimentos sustentáveis, transferência de tecnologia e o uso de instrumentos financeiros para ampliar a resiliência econômica do bloco.
Na quarta-feira, 4, começam os debates centrais sobre saúde global, desenvolvimento, sustentabilidade, inteligência artificial e segurança internacional. O encontro se encerra na quinta-feira, 5, com a divulgação de um documento conjunto que sintetiza as principais diretrizes políticas discutidas durante os três dias de evento.
O deputado Fausto Pinato (PP-SP), coordenador na Câmara do fórum, destaca que o encontro será uma prévia para a cúpula dos chefes de Estado do Brics, marcada para 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. “É uma boa preparação porque envolve parlamentos. Parlamento é plural. Vai ser um debate de construção de ideias”, disse. O congressista também chamou a atenção para o debate internacional sobre taxação sobre importações imposta pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos.
Além dos 11 membros permanentes do grupo – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã -, o encontro contará com delegações de países parceiros, como Cuba, Bolívia, Nigéria, Cazaquistão e Belarus. Em 2024, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos se tornaram membros permanentes. Em 2025, a Indonésia.