O Congresso dos Estados Unidos terá uma sessão de votação nesta terça-feira (14), na tentativa de prolongar a execução do orçamento federal e, com isso, evitar uma paralisação dos serviços públicos.

Dois meses depois de evitar um corte abrupto de fundos federais para os diferentes departamentos do Estado federal, os Estados Unidos estão, mais uma vez, à beira de um impasse orçamentário pela falta de acordo entre democratas e republicanos.

A atual lei orçamentária é válida até a noite de sexta para sábado. Se não for prorrogada, 1,5 milhão de funcionários públicos não receberão seu salário e entrarão em desemprego técnico até que a situação se normalize, o tráfego aéreo será interrompido, e os parques nacionais fecharão suas portas.

Os legisladores têm o desafio de evitar esta paralisia dos serviços, conhecida como “shutdown”, bastante impopular, antes do Dia de Ação de Graças, na próxima semana.

A Câmara de Representantes votará, no final da tarde, uma prorrogação do orçamento. Se aprovado, o texto segue para o Senado.

A um ano da eleição presidencial nos Estados Unidos, o Congresso está tão dividido que seus membros são incapazes de votar os orçamentos anuais, como acontece na maioria dos países do mundo, e avançam por períodos de um, ou dois meses.

Em geral, o Legislativo chega a acordos de última hora e se evita a paralisia. A última vez que houve risco de “shutdown” foi no final de setembro.

Legisladores afiliados ao ex-presidente Donald Trump, furiosos porque o então presidente da Câmara de Representantes, o republicano Kevin McCarthy, chegou a um acordo com o Partido Democrata, destituíram-no. Foi uma decisão sem precedentes na história americana.

Levou-se três semanas até que os republicanos definissem um novo presidente da Casa, Mike Johnson. Durante esse período, o Congresso não conseguiu aprovar nenhuma lei, e então ocorreu outra paralisia, desta vez legislativa.

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