O Congresso americano adotará muito provavelmente nesta sexta-feira (12) a grande reforma de Joe Biden para o clima e saúde, uma grande vitória para o presidente democrata, a poucos meses das eleições de meio de mandato.

Os debates sobre esta lei, que levou meses de negociações com ala centrista do Partido Democrata, começaram pela manhã na Câmara dos Representantes.

Salvo surpresa de última hora, a Câmara adotará o texto já que os democratas têm maioria.

O Senado aprovou no domingo este projeto de lei que fortalece os democratas antes das eleições legislativas de novembro, cujo resultado é incerto e normalmente prejudica o partido no poder.

O texto, aclamado pelas associações de luta contra a mudança climática, inclui 370 bilhões de dólares para o meio ambiente e outros 64 bilhões para a saúde.

O Medicare, sistema público de saúde destinado, entre outros, aos maiores de 65 anos, poderá pela primeira vez negociar diretamente os preços de alguns medicamentos com os laboratórios farmacêuticos.

Também deve garantir aos idosos que não paguem mais de dois mil dólares por ano em remédios, a partir de 2025.

O projeto também prevê prorrogar as garantias do Affordable Care Act, mais conhecido como “Obamacare”, que destina subsídios para ajudar as famílias a pagar por atendimento médico.

Batizada como “Lei de Redução da Inflação”, a norma prevê reduzir o déficit público com um novo imposto mínimo de 15% para todas as empresas cujos lucros superam um bilhão de dólares.

Os republicanos criticam o que chamam de um aumento desnecessário dos gastos públicos.

O ex-presidente Donald Trump usou sua rede Truth Social para chamar a todos os republicanos a se pronunciarem contra o projeto.