Congresso dos EUA se reúne para certificar vitória de Biden

NOVA YORK, 6 JAN (ANSA) – O Congresso dos Estados Unidos se reúne nesta quarta-feira (6) para a realizar a contagem e certificação dos votos do Colégio Eleitoral nas eleições do último dia 3 de novembro, as quais deram a vitória ao democrata Joe Biden.   

A reunião é apenas um passo formal para a certificação do nome do vencedor, apesar de deputados e senadores poderem fazer objeções. Ela marca o fim oficial do processo eleitoral e nunca na história do país houve algum bloqueio do nome escolhido pelo Colégio Eleitoral – ainda mais quando o vencedor teve uma vitória tão exponencial de 306 a 232.   

No entanto, neste ano, a situação é diferente porque Trump não admite a derrota e alega, sem apresentar provas, que a eleição foi roubada. O republicano, inclusive, está pressionando seu vice, Mike Pence, a não certificar a vitória de Biden.   

A pressão é pública e está aumentando tanto nos comícios que Trump fez na Geórgia como através de sua conta no Twitter.   

Apesar disso, Pence insistiu que a “presidência pertence aos americanos” e que ele “não tem poder” para impedir uma certificação presidencial.   

“Não creio que os fundadores quisessem conferir ao vice-presidente autoridade unilateral para decidir quais votos deveriam ser contados e quais não”, afirmou Pence sobre a contagem dos votos.   

Enquanto isso, na sessão no Congresso, aliados de Trump se opõem à ratificação dos votos do colégio eleitoral do Arizona, depois da certificação em Alabama e Alasca. Quem está apresentando a oposição é o senador republicano Roy Blunt.   

A expectativa é de que outras interrupções semelhantes ocorram durante a certificação dos votos de Geórgia e Pensilvânia.   

Mais cedo, Biden, por sua vez, afirmou que, “passados os últimos quatro anos, depois das eleições, e após o processo de certificação, é hora de virar a página”. “O povo americano está pedindo ação e unidade. Estou mais confiante de que nunca que possamos conseguir os dois”, finalizou. (ANSA)