O Congresso da Argentina aprovou uma lei de emergência alimentar que permitirá destinar mais recursos aos programas sociais, no momento em que o país atravessa uma grave crise econômica, com mais de um terço da população na pobreza.

A lei foi votada por unanimidade no Senado, após passar na semana passada pela Câmara dos Deputados, em meio a manifestações dos movimentos sociais.

“Se na Argentina, que produz alimentos para mais de 40 milhões de pessoas, temos que sair para votar uma lei de emergência alimentar, está claro que a crise social é muito, muito grande”, disse Omar Giuliani, que protestava nesta quarta-feira em frente ao Congresso.

A lei contempla um aumento de 50% nas ajudas e assistências alimentares, equivalente a cerca 8 bilhões de pesos (cerca de 540 milhões de reais).

A Argentina passa por uma emergência alimentar desde 2002, quando o país atravessou sua pior crise, e deve ser renovada periodicamente.

O atual projeto de lei prorroga a emergência até dezembro de 2022.