PARIS, 25 ABR (ANSA) – A República Democrática do Congo acusou a empresa norte-americana Apple de usar minerais extraídos ilegalmente do país para a produção de dispositivos.   

De acordo com o governo da nação africana, a big tech estaria utilizando estanho, tungstênio e tântalo da região leste, que é uma parte do território que vem sofrendo há anos com a extração ilegal de recursos.   

Os representantes congoleses enviaram à Apple um aviso formal de cessação e desistência, alertando a gigante da tecnologia de que poderia enfrentar uma ação legal se a suposta prática continuar.   

De acordo os advogados que defendem Kinshasa, os norte-americanos levam os minerais contrabandeados para a vizinha Ruanda, onde são reciclados e “integrados na cadeia de abastecimento global”.   

Em uma breve resposta, a Apple garantiu que “não encontrou nenhuma base razoável para concluir que qualquer uma das fundições ou refinarias de minerais financiou ou beneficiou grupos armados no Congo”.   

“A Apple vendeu tecnologia feita com minerais de uma região cuja população está devastada por graves violações dos direitos humanos”, asseguram os advogados de Kinshasa.   

O Congo é o maior produtor de tântalo, cobre e cobalto, um ingrediente de extrema importância em baterias elétricas. Os recursos estão principalmente concentrados no leste da nação.   

(ANSA).