08/10/2023 - 10:01
TEL AVIV, 8 OUT (ANSA) – O conflito iniciado após um ataque massivo do Hamas a Israel entrou no segundo dia neste domingo (7).
Até o momento, as autoridades confirmaram 820 mortes – 500 em Israel, 313 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia, além de milhares de feridos e desaparecidos.
Israel está concentrando todos os esforços em uma contraofensiva. O Exército israelense informou que já conduziu 500 ataques em Gaza.
Segundo o Ministério de Relações Internacionais de Israel, houve registro de um ataque no Egito: “Nesta manhã, durante uma visita turística de um grupo israelense em Alexandria, no Egito, um local abriu fogo contra eles, matando dois civis israelenses e a guia egípcia”.
“Além disso, há um ferido israelense com estado de saúde estável. O Ministério e a Embaixada no Cairo estão colaborando com autoridades egípcias para repatriar os cidadãos israelenses para Israel o mais breve possível”, diz o comunicado.
Fontes afirmam que haveria ainda em Israel duas “células dormentes” do Hamas prontas a entrar em ação se os militares israelenses entrarem na Faixa de Gaza para uma operação por terra, o que é esperado.
Um porta-voz do Hamas, Ghazi Hamad, declarou à BBC que o ataque recebeu apoio do Irã.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, pediu aos palestinos que deixem Gaza e prometeu reduzir os esconderijos do Hamas a ruínas.
“Nos vingaremos do Hamas por esse dia escuro. O Exército usará toda a força para perseguir o Hamas, atingiremos em qualquer lugar. O que aconteceu nunca havia acontecido em Israel e farei com que nunca aconteça de novo. Será uma guerra que levará tempo, será difícil, dias desafiadores estão diante de nós”, declarou.
Ele também advertiu que o Hamas não “encoste em um fio de cabelo dos reféns em Gaza”: “Vocês fazem parte da cadeia dos heróis de Israel e estamos com vocês”.
ITÁLIA O ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antoni Tajani, disse que “não há notícias negativas sobre os italianos em Israel”: “São 18 mil os nossos compatriotas que vivem lá, muitos com dupla nacionalidade, e há também militares, além de cerca de 500 turistas italianos em Israel. Calculamos que haja também uma dezena na Faixa de Gaza, onde temos carabineiros que formam policiais palestinos”.
“Aconselhamos que os cidadãos italianos que queiram voltar a não irem ao aeroporto sem passagem aérea. Há duas companhias operando, Israir e EI AI: com as duas se pode voltar à Itália.
Nossa Embaixada dá informações a todos os italianos que solicitarem”, acrescentou.
BRASIL O governo brasileiro anunciou que realizará na manhã deste domingo uma reunião de coordenação sobre os conflitos e a situação dos brasileiros na região.
A reunião deverá contar com a participação da Ministra substituta das Relações Exteriores, Embaixadora Maria Laura da Rocha; do Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; e do Assessor Especial do Presidente da República, Embaixador Celso Amorim.
Está prevista uma declaração à imprensa ao fim do encontro.
Também há previsão de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU neste domingo. A presidência de turno é do Brasil.
VATICANO Durante a tradicional oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco lamentou o conflito neste domingo.
“Acompanho com apreensão e dor o que está ocorrendo em Israel, onde a violência explodiu mais ferozmente, deixando centenas de mortos e feridos”, disse o pontífice.
“Que os ataques armados parem, por favor, e que se entenda que o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução, só à morte de muitos inocentes. A guerra é sempre uma derrota. Oramos para que haja paz em Israel e na Palestina”, acrescentou o Papa.
(ANSA).