Depois que o Irã lançou drones militares e mísseis balísticos contra Israel na noite de sábado, 13, o governo israelense passou a defender um contra-ataque. Por outro lado, a comunidade internacional procura evitar uma escalada no conflito.

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O Irã afirmou que o ataque foi uma resposta a um bombardeio israelense contra a embaixada iraniana em Damasco, na Síria, no dia 1° de abril. Um membro importante da Guarda Revolucionária do Irã e outras seis pessoas morreram no ataque.

O governo de Israel não confirmou nem desmentiu sobre esse ataque à embaixada. No domingo, 14, o Gabinete de Guerra israelense se reuniu e Benny Gantz afirmou que o Irã pagará na hora certa. “Construiremos uma coalizão regional e cobraremos o preço do Irã da maneira e no momento certo para nós”, completou em comunicado oficial.

Após esse recado, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, disse que o bombardeio foi em “legítima defesa” e ressaltou que o caso foi visto como encerrado pelo país.

Comunidade internacional

De acordo com o “The Guardian”, as potências internacionais pedem moderação para evitar uma escalada no conflito. Durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres disse que não pode ser permitida mais uma guerra no Oriente Médio. “A população da região enfrenta o perigo real de um conflito devastador em grande escala. Agora é a hora de desarmar”, completou.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou Israel que não pretende participar de um contra-ataque contra o Irã. Mesmo assim, segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o país estadunidense continua a apoiar a defesa israelense.

Ainda segundo o “The Guardian”, o G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) afirmou que os seus líderes condenaram os ataques realizados pelo Irã. “Expressamos a nossa total solidariedade e apoio a Israel e ao seu povo e reafirmamos o nosso compromisso com a sua segurança”, acrescentou em comunicado.

Na reunião da ONU, o embaixador israelense Gilad Erdan pediu que o órgão aplique “todas as sanções” contra o Irã e ainda comparou o líder supremo iraniano a Hitler.

Já o representante do Irã na ONU, Saeed Iravani, ressaltou que o ataque à embaixada havia sido notificado ao órgão, que não teria agido dentro do direito internacional.