TEL AVIV, 11 MAI (ANSA) – O conflito entre Israel e grupos palestinos se intensificou durante a madrugada desta terça-feira (11) e já deixa dezenas de mortos e feridos, informam autoridades dos dois lados do combate.   

Um porta-voz das Forças Armadas israelenses informou que, ao menos, 250 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza contra o país. Por seu lado, foram atingidos 130 alvos no território palestino. Além dos ataques mútuos, protestos espalhados por diversas partes de Israel também terminaram em brigas e prisões.   

Fontes palestinas falam em 20 mortes durante a madrugada e dezenas de feridos.   

Já na manhã de hoje, o representante da Aviação de Israel, Itay Silberman, afirmou que foram mortos 15 membros do grupo Hamas e que mais 10 objetivos militares foram atingidos. “Manteremos o pé no acelerador. A operação durará ainda alguns dias”, acrescentou Silberman.   

A meta de manter o conflito ativo foi confirmada pelo governo, com o ministro da Defesa, Benny Gantz, liberando a convocação de ao menos cinco mil reservistas do Exército para atuar na região sul do território. Além disso, oito agrupamentos de reservistas da Guarda de Fronteira também foram convocados.   

Nos ataques dessa manhã, os membros da ala militar do grupo Jihad Islâmica confirmaram que dois de seus líderes – Kamel Kuraika e Sameh al-Mamluk – foram mortos nas ações israelenses.   

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Outro expoente, Muhammad Abu al-Atta, ficou gravemente ferido.   

Também responsável pelo lançamento de foguetes contra Israel, a ala militar do Hamas informou que sofreu “perdas”, sem especificar se houve mortes de líderes.   

Apesar disso, os membros do grupo informaram que aumentaram o alcance de seus foguetes e que fizeram uma ação contra a cidade de Ashdod, que fica a 40 quilômetros de Gaza. Conforme a mídia local, um pequeno prédio foi atingido nos cerca de 40 lançamentos e duas pessoas ficaram feridas – além de cinco em estado de choque, que precisaram de atendimento.   

A nova onda de conflitos, a maior em três anos, começou no último dia 7 de maio quando, após orações na Esplanada das Mesquitas, um grupo de palestinos protestou contra a remoção de famílias do bairro de Sheikh Jarrad.   

De confrontos nas ruas, as ações militares se espalharam pelos dois lados e o clima preocupa países e organizações internacionais. Rupert Colville, porta-voz da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condenou “toda a violência” e as violações dos direitos internacionais em Jerusalém.   

“Estamos profundamente preocupados pelo aumento da violência nos territórios palestinos ocupados, Jerusalém oriental inclusa, e em Israel nos últimos dias. Condenamos toda a violência e o incitamento à violência, bem como as divisões étnicas e provocações”, destacou.   

A ONU condena a política de assentamentos israelenses, que invade parte do território palestino, com frequência.   

Quem também se manifestou foi Peter Stano, porta-voz do alto comissário europeu para a Política Externa, Josep Borrell.   

“O que está acontecendo em Gaza, Jerusalém oriental e Cisjordânia ocupada é profundamente preocupante para a União Europeia e seus Estados-membros. Pedimos a diminuição dos ataques, é essa a prioridade para proteger as vidas dos civis. O lançamento de foguetes de Gaza contra Israel é inaceitável”, ressaltou.   

Para Stano, o aumento da tensão nos últimos dias “mostra a necessidade de retomar as negociações para encontrar uma solução pacífica sustentável que leve à solução dos dois Estados”.   

(ANSA).   



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