Fotos Christian Gaul A última edição da Gente é o assunto do momento. Além dos conteúdos, sempre cuidadosamente elaborados para atender ao nosso sofisticado público, a revista desta semana traz uma reveladora entrevista na qual a atriz Christine Fernandes conta sobre sua trajetória de vida, sua visão prática do mundo e sobre as experiências traumáticas que ajudaram a construir a sua personalidade, como a tentativa de estupro sofrida aos 18 anos de idade, quando era modelo no Japão. A cada página conhecemos mais de uma mulher inteira, linda e equilibrada que acredita na vida e que dela depende a sua felicidade como mãe, atriz e mulher. Leia aqui os principais trechos da entrevista. Saia Justa Eu já tinha uma relação de amizade internética com a Mônica (Waldvogel). Ela é amiga de uma amiga minha, jornalista, e a gente ficou um tempo nessa troca de e-mails. Quando mudaram o elenco do Saia Justa, muitas pessoas que frequentavam meu blog e Twitter diziam que eu tinha a cara do novo programa. Acho que era pra ser. Exposição no programa O mais diferente é que você fala em primeira pessoa, sem um texto, uma personagem. Ali sou eu, Christine, falando de assuntos que são do interesse das pessoas. E eu sempre tive receio da opinião pessoal, acho uma coisa chata quando alguém vem e fica dando opinião sobre tudo. (…) Para mim, era mais fácil andar pelada na praia em frente aos paparazzi do que ver as minhas ideias e opiniões naquele grau. Foi muito esquisito. No segundo programa já foi melhor e no terceiro bem mais agradável. Relação com os homens Eu sou muito ?bofinho?, não tem jeito. A presença e a visão masculina são bem-vindas, porque me dou bem com os homens. São menos complicados. Bela moleque Nunca brinquei de boneca quando era criança e acho que essa fase veio agora na minha fase adulta. Eu sou minha boneca… Gostava de bola, de carrinho de rolemã, brincava mais com os meninos. Sempre detestei boneca. Achava chato aquelas coisas de mulherzinha, de ir ao banheiro juntas. Não sei por que, acho que é da natureza. Meu pai me levava para o Maracanã, então meu universo virou outro, desde criança. Achava mais divertido. A primeira vez que fui ao estádio tinha uns 6 anos. Christine modelo O destino me ofereceu a possibilidade de virar modelo, foi um golpe de sorte, muito rápido, em três meses estava pela primeira vez em Tóquio. Tinha 18 anos. Fui sozinha e fiquei sete anos nessa vida de modelo itinerante. Depois fui para os Estados Unidos, mas tinha vontade de voltar para o Brasil. Quando cheguei aqui, a Globo me convidou para fazer um teste na oficina de atores. Beleza natural Acho que (as imperfeições) são coisas suas que vão construindo sua personalidade também. As rugas, a minha marca de catapora, tudo faz parte da minha história. Beleza Tinha muito constrangimento de ser bonita quando adolescente, quando as garotas começam a receber cantadas. Tinha vergonha de cruzar um salão cheio numa festa, por exemplo, para chegar até o banheiro. Medo dos olhares. Um sofrimento. Experiência traumática Já sofri uma tentativa de estupro quando eu morava no Japão. Foi uma coisa que não se concretizou, mas foi dolorosa. Eu era muito jovem, estava em um país estranho… Mas, olhando para trás, até isso foi enriquecedor. Minha avó me dizia que tudo que não te mata, constrói caráter. E eu acho que é verdade.
Leia mais na edição 592 da revista IstoÉ Gente.