MILÃO, 21 SET (ANSA) – Com mais de 60 desfiles, 80 apresentações e dezenas de eventos, a Semana da Moda de Milão começou na última quarta-feira (19). Em três dias, grandes casas de moda italianas já mostraram as suas coleções para o próximo verão, como Fendi, Prada e Armani. Confira os principais pontos que marcaram o evento: Fendi: Funcionalidade é a palavra que marcou o desfile da marca na Fahsion Week milanesa. As roupas foram pensadas para as mulheres de hoje, que vivem uma vida urbana e precisam de um guarda-roupa que suporte as suas viagens diárias. Por isso, uma série de bolsos aplicados definem o perfil dessa coleção.   

Triunfam também jaquetas, blusões e casacos leves com transparência e aberturas que mostram o corpete sob a peça. As estampas das peças são refinadas e criam um jogo de luzes e sombras. Não falta um toque esportivo com calças de ciclista, usadas com camisa e salto alto.   

Para a noite, a maison apostou em motivos geométricos com círculos florais, casacos de pele e sandálias. Novidade para a bolsa baguette (peça clássica da marca), que se apresenta em um formato novo, oversize, cheia de fantasia e trabalhada em missangas e contas.   

Prada: O resultado da coleção foi o clássico transformado em algo completamente novo. “Busco e espero destruir o conhecido, e dar um outro ponto de vista”, disse a estilista italiana Miuccia Prada. A moda é radical em juntar os elementos mais clássicos do “vestir bem” com aqueles de quem observa as passarelas de fora.   

Estampas tie dye, aplicações de flores de plástico e fantasias geométricas marcam o desfile da maison, em um grande jogo de contrastes. “A longa distância entre sonho, liberdade, fantasia, novidade e um conservadorismo cada vez mais extremo”. Essa foi a ideia que deu base à coleção de verão da Prada.   

Moschino: Entre pré-coleções e capsule collections, a moda de hoje vive tempos loucos e dessa vez o diretor criativo da casa, o norte-americano Jeremy Scott, não conseguiu ultimar a primavera-verão da maison. Assim foi o desfile de uma das marcas mais inovadoras da Itália, em um estilo “em progresso”, como se tivesse acabado de sair do ateliê.   

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Esse é o conceito da próxima coleção, que aparece como algo ainda não terminado, um esboço. Na primeira parte do desfile, o desenho parece tomar conta das roupas, com rabiscos coloridos em estampas brancas de trench coats e blusões. Para a noite, as modelos desfilaram com tubos de tecido nas mãos, que partiam dos vestidos, enquanto pequenos tubos decorados com agulhas douradas e tesouras de designer se tornaram o maxi decor de vestidos pretos longos.   

Nenhuma cápsula “veja agora, compre agora” foi apresentada porque a maison está empenhada em lançar um novo perfume “Toy 2” até o final de outubro, e dedicada na preparação da colaboração com a H&M, que espera negociação até novembro.   

Emporio Armani: Check in e controle de segurança, como se fosse para um voo de verdade, fizeram parte do desfile da Emporio Armani, que teve um hângar do aeroporto de Linate como passarela para os mais de 2,4 mil convidados.   

O hangar foi dominado por anúncios publicitários da marca por mais de 20 anos, e agora recebeu as ideias para o próximo verão da Armani, uma das poucas casas que quebrou a tradição de separar em temporadas, e apresentou de uma só vez as suas coleções masculina e feminina, nessa que é oficialmente a Semana da Moda Feminina milanesa. (ANSA)


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