O Monitor da Violência – produzido pelo G1 desde 2017 em parceria com o NEV-USP (Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo) e o FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) – revelou as estatísticas de 2023 para assassinatos por estado no Brasil.

O estudo leva em conta homicídios dolosos e feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Óbitos causados pela violência policial não estão incluídos.

No ano passado, o estado do Rio de Janeiro registrou a quantidade de 3.388 homicídios, número superior ao obtido no território de São Paulo, mesmo com uma população significativamente menor – 16,05 milhões de pessoas (RJ) e 44,42 milhões (SP). Além disso, houve o crescimento de 7,4% no número de assassinatos na área.

Ao todo, o Brasil registrou 39.492 homicídios em 2023, uma queda de 4% quando comparado ao ano anterior. Apesar disso, o País segue com o número de 19,2 para taxa de assassinatos por 100 mil habitantes.

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Confira o ranking dos cinco estados com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes:

  • Amapá – 45,2 – 332 homicídios
  • Pernambuco – 38,8 – 3.518 homicídios
  • Alagoas – 36,2 – 1.131 homicídios
  • Bahia – 34,3 – 4.848 homicídios (maior número do país)
  • Amazonas – 34,1 – 1.346

Confira um mapa das taxas de homicídio por 100 mil habitantes:

Taxas mais altas estão em vermelho e as mais baixas em azul (Crédito: MapChart.net)

De 2022 para 2023, o Amapá, estado que lidera as taxas de homicídio por 100 mil habitantes, teve um aumento de 49,5% no número de assassinatos. Os outros estados que tiveram uma elevação em tal número foram o Rio de Janeiro (7,4%), Pernambuco (5,5%) e Minas Gerais (3,7%).

Em números absolutos, a Bahia foi o estado que mais registrou homicídios em 2023, com 4.848 óbitos. Em setembro do ano passado, Flávio Dino, então Ministro da Justiça, declarou que o território representava um dos maiores desafios de segurança pública do País.

Os outros cinco estados que registraram números semelhantes foram: Pernambuco (3.518), Rio de Janeiro (3.388), São Paulo (2.977), Ceará (2.970) e Minas Gerais (2.700).