19/02/2017 - 10:53
Estas são as datas-chave do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria:
– Criação do EIIL –
– 9 de abril de 2013: O líder extremista Abu al Baghdadi anuncia uma fusão de seu grupo Estado Islâmico no Iraque (EII) com a Frente al-Nosra, que combate o regime na Síria, para formar o Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL).
Mas a Al-Nosra rejeita a liderança de Baghdadi e declara fidelidade ao chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri. A Al-Qaeda se nega a reconhecer o EIIL no início de 2014.
– Queda de Raqa na Síria –
– 14 de janeiro de 2014: O EIIL conquista a cidade de Raqa, no norte da Síria, após fortes combates com rebeldes rivais. Raqa se torna seu reduto.
– Captura de Mossul no Iraque –
– 9 de junho de 2014: no noroeste do Iraque, o EIIL lança uma forte ofensiva e se apodera de Mossul, segunda cidade do país. Posteriormente, durante o verão conquista grandes territórios nos confins do Curdistão iraquiano autônomo, expulsando dezenas de milhares de integrantes das minorias cristã e yazidi.
– Proclamação do ‘califado’ –
– 29 de junho de 2014: O EIIL proclama um “califado” dirigido por seu chefe Al Baghdadi, convertido em “califa Ibrahim” dos territórios conquistados no Iraque e na Síria, e muda o nome do grupo para “Estado Islâmico” (EI).
No dia 5 de julho, Al Baghdadi aparece pela primeira vez em um vídeo publicado nos sites extremistas, e convoca os muçulmanos a obedecê-lo.
– Coalizão dirigida por Washington –
– 8 de agosto de 2014: os Estados Unidos lançam bombardeios anti-EI no Iraque, e depois constituem uma coalizão internacional. Em setembro, ajudado por aliados árabes, Washington realiza os primeiros bombardeios contra os extremistas na Síria.
– Derrotas no Iraque –
– 31 de março de 2015: As forças iraquianas recuperam Tikrit (norte de Bagdá) das mãos do EI, que controlava a cidade há 10 meses.
Nos 12 meses seguintes, as forças iraquianas ou curdas recuperam várias das localidades que o EI havia conseguido controlar após sua ofensiva, entre elas Sinjar (norte), Ramadi (capital da província de Al Anbar, fronteiriça com a Síria) ou Fallujah, primeira cidade iraquiana que havia caído nas mãos dos extremistas.
– Retiradas na Síria –
– 26 de janeiro de 2015: o EI é expulso de Kobane, cidade síria fronteiriça com a Turquia, após quatro meses de violentos combates travados por forças curdas com o apoio de bombardeios da coalizão.
– 6 de agosto de 2016: As Forças Democráticas Sírias (FDS, coalizão apoiada por Washington, dominada por curdos, mas com combatentes árabes e turcomanos) se apoderam de Minbej, controlada desde 2014 pelo EI.
No fim de agosto, rebeldes apoiados pela aviação e por tanques turcos recuperam Jarablos, no âmbito de uma operação do exército turco ao mesmo tempo contra o EI e as milícias curdas.
– 16 de outubro: rebeldes apoiados pela Turquia se apoderam de Dabiq, perto da fronteira turca.
– Batalha de Mossul –
– 17 de outubro de 2016: As forças iraquianas lançam uma ampla operação para expulsar os extremistas de Mossul, que o grupo extremista tomou em junho de 2014. Após três meses, conseguem reconquistar a parte oriental da cidade.
– 19 de fevereiro de 2017: o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-abadi, anuncia o lançamento das “operações de libertação” da parte oeste de Mossul.
– Batalha de Raqa –
– 5 de novembro de 2016: As FDS lançam uma grande ofensiva chamada “Ira de Eufrates” para reconquistar Raqa. Uma nova fase desta ofensiva foi anunciada em fevereiro, para tentar acabar com as defesas do EI no norte e no nordeste da cidade.