23/08/2022 - 20:21
O Jornal Nacional na segunda (22) inaugurou a temporada de entrevistas com os candidatos à Presidência da República na eleição deste ano. O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro da série. Nesta terça-feira (23), Ciro Gomes (PDT) foi o segundo a ser entrevistado. Na sequência participarão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (25) e Simone Tebet (MDBT) nesta sexta-feira (26). Veja os principais trechos da entrevista:
No início da entrevista, a apresentadora Renata Vasconcellos questinou o candidato sobre os termos, muitas vezes duros, que ele utiliza para se referir ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidenciável afirmou que em algumas circunstâncias é necessário ser duro, porque “a corrupção assolou o Brasil. Os problemas do país foram efetuados por pessoas”.
Nesse momento, ele falou sobre os milhões de brasileiros que não têm o que comer e aproveitou a oportunidade para falar do seu “plano de renda mínima fixa de R$ 1.000”.
“Estou propondo é uma perna de um novo modelo previdenciário… Também vou taxar as grandes fortunas, assim cada rico vai ajudar a sobrevivência digna dos brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza”, completou.
Plebiscito programático
Na sequência, o jornalista William Bonner interpelou o candidato à Presidência pelo PDT sobre o isolamento no Congresso Nacional, já que o seu partido não fechou alianças. Nesse instante, Ciro Gomes informou que pretende mudar o modelo de governança política, acabar com o chamado “presidencialismo de coalisão”. Para isso, ele propõe um plebiscito programático. “Primeiro: vamos propor as ideais. Segundo: colocá-las em prática nos seis primeiros meses de governo. Terceiro: ampliar a negociação com governadores e prefeitos. Caso tenha alguma discordância em algum ponto, convoco o plebiscito programático para o povo decidir por maioria simples”.
Ao ser questionado em como colocaria isso em prática, caso o Congresso Nacional não aceite esse modelo, Ciro afirmou que, como condição, abre mão de uma possível reeleição. Pois, para ele, o seu intuito é que a população “vote em um projeto que deu certo. O Brasil tem saída”.
Catástrofes naturais
Ao ser interpelado pela jornalista Renata Vasconcellos sobre o seu planejo de governo para as catástrofes naturais, Ciro Gomes respondeu: “Nós vamos mapear todas as áreas de risco para atuar continuamente nelas. Os cinco milhões de empregos que eu pretendo germinar são fundamentalmente de obras paradas. Depois, subir o morro, entrar nas favelas com reurbanização”.
Segurança pública
A apresentadora Renata Vasconcellos perguntou ao candidato sobre a sua proposta de sistema único de segurança e federalização para acabar com a conivência policial. “A federalização é apenas de algumas figuras penais. Precisamos entender que o policial é um trabalhador, cuja família mora na periferia, se ele não acertar algum pacto de sobrevivência naquela circunstância, é muito improvável que ele consiga sobreviver. Por isso, é preciso que o combate à facção criminosa seja feita de fora para dentro, ou seja, com o governo federal fazendo uso de inteligência e tecnologia”, disse.
Considerações finais
No último minuto de entrevista, Ciro Gomes teve a oportunidade de fazer as suas considerações finais e se dirigir ao eleitorado. Confira o que o candidato disse:
“Das cinco propostas que eu planejei trazer hoje, ainda não falei de uma: a lei anti-ganancia. Quero colocar uma lei, que eu conheço na Inglaterra, que todos do crédito pessoal ao pagar duas dívidas que possui, ela ficará quitada por lei. A você, meu irmão, eu peço que me ajude, me dê a oportunidade de mudar o Brasil. A ciência de errar é a de repetir as mesmas coisas do passado. Me ajude a livrar o Brasil dessa bola de chumbo do passado, vamos ter esperança de novo. Você que quer votar no Bolsonaro porque não que o Lula de volta, me dá uma chance. Você que vai votar no Lula porque não quer mais o Bolsonaro, me dê uma oportunidade. E você indeciso, está na suas mãos o poder de mudar o Brasil”.