O Índice Nacional de Confiança do Consumidor, mantido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), teve alta de dois pontos em julho deste ano, de 77 para 79 pontos, marcando a primeira vez que o indicador não registrou recuo desde o início da crise do novo coronavírus no Brasil. Apesar de ainda estar no campo do pessimismo, abaixo dos 100 pontos, a leve alta indica uma recuperação na confiança do consumidor, puxada especialmente pela flexibilização do isolamento social e a retomada gradual das atividades.

Segundo o levantamento, 39% dos consumidores consultados pela Associação acreditam que suas rendas vão aumentar nos próximos seis meses.

Apenas 23%, porém, têm confiança para fazer compras de maior valor, como imóveis ou carros.

Segundo a ACSP, a melhora do índice se concentra nas famílias pertencentes à classe C, cujas expectativas quanto ao crédito, renda e emprego para os próximos seis meses estão mais positivas em julho, em comparação com meses anteriores.

“A disposição ao consumo, por enquanto, continua focada em itens mais básicos, como alimentação e farmácia. Mas é bem-vinda, pois sinaliza uma recuperação gradual”, diz a Associação, em nota enviada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O levantamento da ACSP sugere que o desemprego é o principal fator que impede uma maior alta do índice de confiança: 60% dos entrevistados conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses e 42% estão menos confiantes quanto à sua segurança no emprego, assim como a de familiares e de conhecidos.

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