A confiança do consumidor recuou 1 ponto em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desceu a 82,4 pontos, interrompendo a tendência de recuperação iniciada em maio. Em médias móveis trimestrais, o ICC subiu 1,2 ponto em outubro, a quarta alta consecutiva.

“Em outubro, a confiança dos consumidores interrompeu a trajetória de recuperação iniciada em maio, com retrocesso em todas as faixas de renda. Há ainda bastante incerteza com relação à pandemia e com o ritmo de retomada econômica, já considerando a transição para o período posterior ao de vigência dos programas de manutenção do emprego e renda. Diante deste cenário, os consumidores de menor renda, mais vulneráveis, continuam menos confiantes que os demais. A confiança do consumidor brasileiro também continua sendo impactada pelo medo da covid-19, motivando uma postura muito cautelosa, que deve persistir enquanto não houver uma solução para a crise sanitária”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em outubro, o Índice de Situação Atual (ISA) encolheu 0,2 ponto, para 72,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,3 ponto, para 90,2 pontos.

O componente que mede a satisfação presente dos consumidores com a economia ficou praticamente estável aos 75,9 pontos, enquanto o que avalia as finanças familiares no momento atual diminuiu 0,5 ponto, para 69,4 pontos.

Em relação às expectativas, o item que avalia a situação econômica foi o que mais contribuiu para a queda do ICC de outubro, com recuo de 2 pontos, para 110,6 pontos. As perspectivas sobre as finanças das famílias nos próximos meses cederam 0,5 ponto, para 94,1 pontos, enquanto o ímpeto de compras de bens de consumo duráveis para os próximos meses teve queda de 1,4 ponto, para 67 pontos.

A única faixa de renda com melhora na confiança em outubro foi a das famílias com renda mensal entre R$ 4.800 a R$ 9.600. As demais registraram piora. A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.897 domicílios, com entrevistas entre os dias 1º e 20 de outubro.

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