Em fevereiro, a confiança do empresário do comércio paulista cresceu 3%, completando o sexto mês consecutivo de elevação. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (Icec), que mede o sentimento dos proprietários de estabelecimentos varejistas, passou de 119,2 pontos em janeiro para 122,7 pontos em fevereiro.

Na margem, no entanto, este aumento da confiança não se traduziu em propensão ao investimento. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede a intenção dos empresários por novos investimentos, sofreu leve queda de 0,8%. Caiu de 102,1 pontos em janeiro para 101,3 pontos no mês passado. Mas num prazo mais longo, que compara janeiro com o mesmo mês em 2018, os sinais dos dois indicadores se convergem. O indicador de confiança cresceu 7,1% e o índice que mede a propensão ao investimento avançou 5%.

Os indicadores são compilados mensalmente pela Federação do Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), e variam de zero a 200 pontos, de pessimismo ao otimismo total.

Na análise por porte, as empresas com até 50 empregados registraram alta de 3% – 118,8 pontos em janeiro para 122,4 pontos em fevereiro. As empresas com mais de 50 empregados também apontaram crescimento de, 1,7%: de 136,1 pontos em janeiro para 138,4 pontos em fevereiro.

Indicadores

Dos três quesitos que integram o Icec, dois avançaram na passagem de janeiro para fevereiro. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) obteve sua sexta alta consecutiva, aumentando 9,4%, de 90,9 pontos em janeiro para 99,5 pontos em fevereiro. Na comparação anual, a elevação foi de 6,1%.

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O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) também apontou seis altas consecutivas, 1,7% neste mês, passando de 164,6 pontos em janeiro para 167,4 pontos em fevereiro. Em relação ao mesmo período do ano passado, subiu 9,1%.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, apesar de cautelosos em relação aos investimentos, pois ainda aguardam definições sobre os próximos passos políticos, os empresários permanecem confiantes em relação ao presente e ao futuro. Além disso, as melhorias nas variáveis econômicas, como recuperação do emprego e aumento do consumo das famílias têm influenciado a volta ao crédito e, consequentemente, a expansão do comércio.

Segundo a Federação, a expectativa para os próximos meses é que, com o encaminhamento da Reforma da Previdência, seguido da aprovação, haverá ajuste das contas públicas e melhora na economia, mantendo a confiança do empresário em alta.


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