O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,3 ponto na passagem de outubro para novembro, na série com ajuste sazonal, para 94,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o ICS teve alta de 0,1 ponto.

“O resultado de novembro da confiança de serviços é consequência de dois movimentos distintos. Por um lado, ocorreu piora disseminada das expectativas futuras entre os segmentos do setor, por outro lado a percepção sobre a situação atual melhora pelo segundo mês consecutivo, sinalizando que o setor se mantém com a demanda relativamente aquecida”, avaliou Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,5 ponto, para 97,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) teve redução de 2,1 pontos, para 92,2 pontos.

“O cenário macroeconômico de bons resultados em termos de emprego e renda é um fator positivo para o setor, mas o alto patamar de taxa de juros contribui para o aumento da cautela dos empresários com a continuidade da retomada nos próximos meses”, completou Pacini.

Em novembro, os dois componentes da situação atual cresceram: o item que mede a situação atual dos negócios avançou 1,9 ponto, para 98,2 pontos, enquanto o que avalia o volume da demanda atual aumentou 1,0 ponto, para 97,1 pontos.

Entre as expectativas, a demanda prevista nos próximos três meses caiu 1,5 ponto, para 91,9 pontos, e o item que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses encolheu 2,8 pontos, para 92,6 pontos.

“O resultado de relativa estabilidade de novembro sugere um momento de desaceleração no setor de Serviços, puxado principalmente pela piora nas expectativas. Desde setembro de 2022, o IE-S se mantém abaixo do nível do ISA-S mostrando que a estabilidade da confiança é sustentada pelos resultados positivos no presente”, apontou a FGV.

A coleta de dados para a edição de novembro da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.410 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.