A confiança dos empresários da indústria atingiu o melhor nível desde setembro do ano passado, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Indicador de Confiança do Empresário Industrial (Icei) aumentou 3 pontos entre janeiro e fevereiro e chegou ao patamar de 53,1 pontos.
Nessa pesquisa, leituras acima de 50 indicam otimismo e números inferiores sinalizam prevalência do pessimismo. Em janeiro, o indicador registrava 50,1 pontos. Em relação a fevereiro do ano passado, quando estava em 37,1 pontos, o Icei aumentou 16 pontos. Apesar da alta, o dado segue abaixo da média histórica de 54,1 pontos.
“A falta de confiança está menos intensa e menos disseminada. Os empresários percebem que o pior ficou para trás”, disse Marcelo Azevedo, economista da CNI, em nota divulgada pela entidade.
Em fevereiro, houve melhora em todos os itens que compõem o indicador de confiança. O índice de expectativas, em que os industriais falam sobre suas impressões sobre os próximos seis meses, subiu 2,8 pontos em relação ao mês passado e chegou aos 57,5 pontos. As expectativas em relação à economia do País atingiram 53,7 pontos, ante 50,2 pontos em janeiro. E as expectativas em relação à própria empresa avançaram para 59,4 pontos, ante 56,9 pontos no mês anterior.
Os indicadores que mostram a avaliação dos empresários em relação às condições atuais, em que os empresários comparam o presente com os últimos seis meses, ainda permanecem abaixo dos 50 pontos. O índice de condições atuais atingiu 44,7 pontos, ante 41,2 pontos em janeiro. A avaliação sobre a situação atual da economia brasileira subiu para 43,4 pontos, ante 38,2 pontos em janeiro. E a avaliação a respeito da própria empresa chegou a 45,5 pontos, ante 42,8 pontos no mês passado.
Entre os vários segmentos da indústria, o índice de confiança é mais forte na indústria de transformação (53,8 pontos), seguida da extrativa (52,6 pontos) e de construção (50,9 pontos). Por ramo, a confiança está mais alta entre a indústria calçadista (59,7 pontos), depois biocombustíveis (58,2 pontos) e de perfumaria (56,9 pontos).
Dos 32 setores considerados, apenas sete ficaram abaixo dos 50 pontos, menos que os 21 registrados em janeiro. Os piores resultados foram da indústria de produtos minerais não metálicos (45,9 pontos), outros equipamentos de transporte (47,2 pontos) e serviços especializados para construção (47,5 pontos).
Por porte da empresa, companhias pequenas continuam mais pessimistas, com índice em 49,2 pontos, mas houve melhora em relação a janeiro (46,3 pontos). As médias e as grandes registraram, respectivamente, 52,2 pontos e 55,5 pontos.
A pesquisa ouviu 3.080 empresas em todo o Brasil entre os dias 1º e 13 de fevereiro. Do universo pesquisado, 1.222 são pequenas empresas, 1.159 são médias e 699 são de grande porte.