O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e divulgado nesta sexta-feira, 25, caiu 2,3 pontos, entre outubro e novembro, alcançando 72,4 pontos. O resultado reverte as quatro altas consecutivas anteriores, mas, nas médias móveis trimestrais, segundo a FGV, o índice se mantém estável, sinalizando uma acomodação no quarto trimestre.

O recuo no mês se deve principalmente à queda de 3,9 pontos no Índice de Expectativas (IE-CST), que caiu para 81,5 pontos. Dentre os quesitos que compõem o subíndice, o que mais contribuiu para o declínio foi o que mede a situação dos negócios para os próximos seis meses, que apresentou queda de 4,1 pontos na margem.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) também recuou para 63,8 pontos, após cair 0,7 ponto, com destaque para o indicador que mede a situação atual da carteira de contratos, que registrou queda de 1,0 ponto.

A FGV afirmou que a queda apresentada em novembro reflete uma correção das expectativas do setor em novembro, pois o anúncio da retomada de obras reduziu o pessimismo empresarial, mas agora percebe-se que a atividade ainda continua fraca. “A queda da confiança não significa a inversão do ciclo, mas mostra que o caminho a percorrer ainda é longo”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.

Ana Maria ainda comentou que a atividade nos próximos meses continuará baixa, já que, na comparação interanual, houve aumento do número de empresas reportando uma carteira de contratos abaixo do normal, o que explica o aumento das intenções de demissão nos próximos três meses.

“A situação de carteira de contratos das empresas retrata bem o cenário setorial, pois todas as boas notícias que favorecem o setor não contribuíram para melhora dos negócios correntes, o que ainda deve demorar a acontecer”, disse.

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O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor ficou em 64,2% em novembro, 0,7 ponto porcentual abaixo do resultado de outubro, menor nível desde junho deste ano (63,6%).


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