Delegados de mais de 180 países debateram nesta terça-feira (6), no Panamá, novas medidas para contrapor a “epidemia de tabagismo” no mundo, em meio a inquietações pela comercialização de “produtos emergentes” do tabaco.

Desde a segunda-feira, os delegados dão seguimento à aplicação do Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (FCTC, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em vigor desde 27 de fevereiro de 2005.

Nesta décima conferência (COP10) da FCTC, os delegados expuseram os avanços da cruzada antitabaco em seus respectivos países, antes de iniciarem os debates em dois comitês de trabalho.

Calcula-se que o tabaco mate atualmente mais de oito milhões de pessoas por ano no mundo, incluindo 1,3 milhão de fumantes passivos expostos à fumaça, segundo a OMS.

Embora tenha ocorrido avanços na luta contra o tabaco desde a adoção da Convenção-Quadro, persistem obstáculos, como os novos produtos do tabaco – como os cigarros eletrônicos – e a “interferência” da indústria do tabaco, advertiu a chefe do Secretariado da FCTC, Adriana Blanco, na abertura da conferência nesta segunda.

A COP debate eventuais restrições ou proibições sobre os produtos emergentes do tabaco – como o cigarro eletrônico e o tabaco aquecido -, assim como questões de publicidade, promoção e patrocínios da indústria do tabaco.

Também deve decidir se convoca um grupo de especialistas para formular recomendações para o controle do tabaco e desenvolver medidas para elevar a transparência, com declarações sobre conflito de interesses por parte de funcionários.

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