Ao longo dos últimos anos, a gastronomia e a confeitaria se popularizaram no país. Programas como MasterChef (Band) e Bake Off Brasil (SBT) influenciaram diretamente nesse processo, garantindo aos respectivos reality shows inúmeras edições, com a participação de crianças, profissionais da área e celebridades.
De acordo com o Ministério da Economia, no segundo trimestre de 2022, foram registrados cerca de 10 milhões de brasileiros em situação de desemprego, representando uma taxa de 9,3%. Ainda que seja a menor taxa de desemprego registrada depois de 2015, no mesmo período, tais números impressionam.
Segundo a Global Entrepreneurship Monitor, em parceria com o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o país soma até este ano 19 milhões de empresas abertas e aproximadamente 13 milhões de MEIs, que representam quase 70% dos empreendimentos abertos no Brasil.
A confeitaria se tornou uma das áreas de atuação mais requisitadas pelos empreendedores, a fim da “renda extra” ou mesmo como principal fonte de renda. Bruna Rebelo, confeiteira e influenciadora digital, é um dos principais nomes do setor no país e conta que, à época de se formar em gastronomia, não suportava as aulas de confeitaria, contudo, foi em um curso de panificação que tudo mudou para ela.
A confeiteira relata que se admirou ao ver o amor pela área nos olhos de uma de suas professoras. Dali em diante, Bruna teria a confeitaria como paixão e profissão. Rebelo, hoje, é professora e ministra inúmeros cursos para aspirantes e iniciantes que desejam empreender na área. “O que mais gosto é poder dar liberdade na cozinha para as minhas alunas. É ensiná-las o que tive de aprender na marra e na dor”, comenta.
Quando perguntada sobre o futuro, Bruna se mostra, ao mesmo tempo que sonhadora, consciente e coerente com seu trabalho: “Eu quero ensinar cada vez mais empreendedorismo para mulheres que trabalham em casa”.
A confeiteira reitera que é, sim, possível “fazer dinheiro fazendo doce”, e afirma que desde sua primeira turma obteve lucro com as aulas. “Arrisquei e cobrei 90 reais por ingresso, quando estava no começo. Vendi 14 ingressos, R$ 1.260, e soube que tinha um negócio em minhas mãos”, diz.
Bruna finaliza enfatizando seu objetivo: “Quero empoderar as confeiteiras para que elas entendam quem têm um negócio em suas mãos, e que são tão importantes quanto qualquer outro profissional de qualquer outra área”.