Condenado a 30 anos de prisão, R. Kelly é exemplo de como assediadores não têm mais vez

Condenado a 30 anos de prisão, R. Kelly é exemplo de como assediadores não têm mais vez

Na década de 1990 não havia baile Black que não tocasse I Believe I Can Fly. As equipes que administravam as grandes festas na capital paulistana, Chic Show, Black Mad, entre outras, tratavam saboroso hit musical de R. Kelly como o ponto alto do evento. E, realmente o era. Quando a música começava e o telão do clip baixava era o momento em que os corações apaixonados se juntavam. Da mesma forma que a fumaça que dava um tom gótico aos salões se dissipava pelo ar com o clarear do dia, todo o charme de um dos maiores astros da música popular norte-americana se esvaiu com a chegada do mês de julho. A condenação de 30 anos de prisão para Robert Sylvester Kelly por assédio, trafico e abuso sexual, sela de vez o seu canto. Segundo a promotoria do Tribunal Federal, situado no bairro nova-iorquino do Broklyn, chaga ao fim o “universo centralizado de Kelly”. Não poderia ser de outro jeito.

Felizmente, o século XXI carrega o carimbo contundente do respeito às mulheres. O #Me Tôo pegou para sempre. A punição vai além, servirá de exemplo: R. Kelly ganhou três prêmios Grammy, já vendeu setenta e cinco milhões de discos, e já foi considerado um dos principais músicos de rhythm and blues dos EUA. A música que Kelly fez com o refrão: “acredito que posso voar”, não corresponde à verdade. Tanto Kelly quanto os outros abusadores terão suas asas cortadas.